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COVID-19: Anthony Faucy diz que número de mortes é superior ao anunciado e "o pior ainda não passou"


Anthony Fauci em declarações a senadores por conferência virtual
Anthony Fauci em declarações a senadores por conferência virtual

A principal autoridade em doenças infecciosas dos Estados Unidos, Anthony Fauci, admitiu que o número de vítimas mortais devido ao novo coronavírus é "quase certamente mais alto" do que os revelados 80 mil, até ontem, e alertou para sérias consequências decorrentes de um brusco afrouxamente das restrições impostas até agora.

Em declarações nesta terça-feira, 12, a um comité do Senado que investiga a resposta da Admnistração Trump à pandemia, Fauci afirmou que um número desconhecido de pessoas morreram em casa e não foram declaradas na lista oficial.

Anthony Fauci, que integra o grupo de emergência que assessora Donald Trump no combate à Covid-19, mas que em muitas ocasiões tem-se discordado das posições do Presidente, alertou, por outro lado, ser "completamente possível" que a pandemia "piore" de setembro e novembro, embora espera que até lá o país "possa lidar com isso" melhor do que até agora.

"Existe um risco real de se desencadear um surto que não será capaz de ser controlado", se as diretrizes do Governo, que exigem uma redução constante no número de casos durante duas semanas forem ignoradas no momento em que os Estados começam a afrouxar as restrições.

Caminho certo, mas o pior não passou

"As consequências podem ser terríveis", avisou Fauci.

Entretanto, ele admitiu que vê-se uma diminuição de hospitalizações e casos de infeção em alguns lugares, como Nova Iorque, que estabilizou a situação e agora começou a descer, “mas noutras partes do país há picos".

O especialista, que desde 1984 assessora presidentes americanos, considerou que o país está "na direção certa", mas alertou que "isso não significa que o pior já passou".

A Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, quis ouvir Anthony Fauci, mas o Presidente recusou e disse que "os democratas são maus e não gostam de Trump".

O Senado é de maioria republicana.

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