Vêm vestidos com as cores do seu estado. Os texanos são os que mais dão nas vistas com os seus chapéus, as suas botas, os seus “jeans” e as suas camisas em vermelho e branco da sua bandeira com a estrela que dá o nome ao Texas de “Lone Star State” o estado da estrela solitária.
Mas há também alguns delegados vindos do Havai com as suas camisas coloridas e alguns mesmo (é verdade) com colares de flores.
Os delegados passeiam-se por esta cidade virada fortaleza com corredores especiais nas ruas, isolados por barreiras metálicas, para dar passagem aos veículos VIPs e autocarros de jornalistas e delegados.
Estes têm muito tempo para visitar a cidade, o Rock and Roll Hall of Fame, os restaurantes, as lojas, e mesmo dar um passeio pelo Lago Erie que mais parece um enorme mar azul a perder-se no horizonte.
Se no primeiro dia a convenção começou às 13 horas, hoje, 19, só ao início da noite começará, pelo que há todo o dia para gastar.
E há também os milhares de jornalistas que aqui chegaram.
Inconfundíveis com os seus próprios trajos. Coletes com muitos bolsos, máquinas penduradas ao pescoço, muitos com um café na mão com um ar cansado.
As estrelas da TV essas vestem fatos (no caso dos homens), vestidos de bom gosto no caso das mulheres que fazem a maquilhagem apressadamente em qualquer lugar pouco antes de irem “para o ar”.
Elas ou não, todos os jornalistas se queixam, da segurança, da falta de apoio, de patrões que não entendem o que se passa no terreno e claro esta da “estupidez” de todos os políticos. O humor sobre estes abunda...
De acordo com uma contagem há 15.000 jornalistas acreditados para esta conferencia ou seja seis jornalistas para cada um dos 2.500 delegados.
Um centro de convenções foi transformado em centro de imprensa. As cadeias de televisão transformaram zonas desse centro em estúdios e redações que tal como os delegados aceleram as suas atividades a medida que a tarde avança e noite começa a cair.
Para acesso ao centro de imprensa ligado depois por um corredor pelas ruas isoladas de Cleveland, ao estádio onde decorre a convenção, os jornalistas tem que atravessar tendas de segurança onde policias, agentes dos serviços secretos e de companhias de segurança querem ver credenciais, computadores, máquinas fotográficas, lentes, telefones, cabos, tripés tudo.
Segurança apertada
As filas são longas, às vezes "irritantes". Para entrar no estádio, não só os jornalistas devem estar devidamente credenciados, como ter todos os seus dispositivos electrónicos ligados, como computadores e telemóveis. Se não tiverem bateria para ligar, não entram o que obriga jornalistas a uma correria louca para arranjar um lugar para carregar as baterias e voltar para o começo das longas filas.
E claro, há que mencionar as manifestações, contra ou a favor de Donald Trump e sempre com uma certa tensão no ar. E todos - jornalistas, delegados, agentes de segurança - com muitos cartões de identificação pendurados ao pescoço. Uns dão acesso a uma zona, outros a outra zona e mudam diariamente
Isto tudo por uma convenção cujos resultados finais já são conhecidos.
Um delegado dizia que “isto parece um jardim zoológico”. Os jornalistas chamam-lhe “o circo”.
A campanha de Donald Trump vende recordações a preços exorbitantes e dá charutos a alguns (não muitos) jornalistas.
Vale a pena ver… embora as revistas da segurança sejam irritantes.
Não sei bem porquê, mas depois de examinarem a minha Nikon trouxeram um cão com um aspecto não muito amigo para a cheirar …. Felizmente decidiu não marcar território.