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Fala África

Conheça os jovens que querem vencer na produção audiovisual

Henrique Sungo, o diretor são-tomense Filipe Anjos, e os protagonistas da websérie "Tray São," Ibraim Sano e Maísa Ribeiro.
Henrique Sungo, o diretor são-tomense Filipe Anjos, e os protagonistas da websérie "Tray São," Ibraim Sano e Maísa Ribeiro.

Em entrevista ao Fala África, o produtor Henrique Sungo e o director Filipe Anjos, vencedores do prémio do Júri no London ArtHouse Film Festival em 2021 - com o documentário de curta duração “O vírus inesperado” - falaram sobre a oportunidade de participar na terceira edição da oficina artística, “Yaounde Film Lab,” realizada entre os dias 20 e 29 de Abril nos Camarões.

A dupla também falou sobre a websérie “Tray São” já disponível no YouTube.

Novos talentos do cinema africano falam sobre o filme "A Planta Milagrosa" e a websérie "Tray São"
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Sungo e Anjos inscreveram-se para participar na oficina artística com a sinopse do filme “A Planta Milagrosa,” e foram seleccionados juntamente com outros 22 cineastas para passar nove dias em Yaoundé a fim de aperfeiçoar e desenvolver pitchings, além de aprender mais sobre as responsabilidades e habilidades de produtores e diretores.

A oficina artística trouxe 30 mentores de alto gabarito da indústria cinematográfica para dar aulas e feedback aos participantes. No total 12 filmes foram escolhidos, representando 11 países africanos.

“Foi uma experiência única. Eu pensei que soubesse muito de cinema. Aí percebi que não sei quase nada,” comentou Sungo.

Produtor Henrique Sungo e o diretor Filipe Anjos
Produtor Henrique Sungo e o diretor Filipe Anjos

Anjos contou que “A Planta Milagrosa” será um filme de aventura e ação, que irá contar a história de Aílton. O jovem terá de fazer importantes escolhas já que um familiar estará entre a vida e a morte. Ele acrescentou que o filme vai também mostrar o reencontro da comunidade africana que vive na diáspora com as suas raízes. O filme será filmado em Portugal e em São Tomé e Príncipe. “Vamos puxar a parte cultural desses dois países, uma vez que São Tomé foi colónia de Portugal no passado,” destacou Anjos.

O filme ainda não tem data de lançamento, mas a dupla está trabalhando para angariar apoio financeiro com instituições voltadas à cultura e poder começar a trabalhar neste projeto o mais rápido possível. Anjos revelou que o Ministério da Cultura de São Tomé e Príncipe já declarou apoio ao projeto, assim como a Televisão Nacional do país.

Tray São

Após a premiação do ano passado a dupla passou por uma fase de crescimento, cheia de oportunidades, que resultou na abertura da Santano Produções, e os cineastas Henrique Sungo e Filipe Anjos não pararam mais. Um dos projetos que a dupla está trabalhando no momento é a websérie melodramática “Tray São,” que traz como protagonistas Ibraim Sano e Maísa Ribeiro. Sano, que interpreta a personagem “Tray” não deu muitos detalhes, mas comentou que é uma história cheia de surpresas até para os atores e uma oportunidade ímpar para ele e o elenco.

Ibraim Sano e Maísa Ribeiro
Ibraim Sano e Maísa Ribeiro

"No final do dia nós queremos criar oportunidades para as pessoas, não só oportunidades que não tivemos, mas de certa forma para que as pessoas consigam ver uma casa em si onde possam ganhar experiência, desenvolver competência, talvez realizar os seus sonhos, neste caso é o que eu estou a fazer. Parece que não, mas uma oportunidade dessas é muito difícil de surgir hoje em dia".

Maísa que interpreta a personagem “São” agradeceu a oportunidade dada à ela, assim como aos outros actores da websérie.

Já há três episódios disponíveis no canal do YouTube da Santano Produções.

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Como a juventude da Guiné-Bissau está a moldar um futuro promissor?

 Como a juventude da Guiné-Bissau está a moldar um futuro promissor?
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Neste domingo, no Fala África Voz da America, temos uma conversa com o mestre em sociologia Mamadu Alimo Djaló, uma voz inspiradora e um agente de mudança na Guiné-Bissau! Alimo compartilhou a sua jornada e compromisso com a igualdade de género, o empoderamento juvenil e a transformação social.

Fala África: Mamadu Alimo Djaló destaca a importância da juventude na criação de uma "Agenda Comum" para o futuro da Guiné-Bissau

Fala África: Mamadu Alimo Djaló destaca a importância da juventude na criação de uma "Agenda Comum" para o futuro da Guiné-Bissau
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Fala África: Mamadu Djaló quer "Jornada Comum de Jovens Guineenses" para influenciar políticas governamentais

Mamadu Alimo Djaló, ativista guineense
Mamadu Alimo Djaló, ativista guineense

Na agitada cidade de Bissau, onde o som das ondas do Atlântico se mistura com a movimentação do dia a dia, surge uma figura inspiradora que está a fazer a diferença na vida da juventude guineense.

Mamadu Alimo Djaló é um jovem cuja jornada e dedicação estão a forjar um futuro promissor para a sua comunidade. Ele cresceu na Guiné-Bissau enfrentando os desafios típicos da juventude na região.

Inicialmente, Alimo aspirava tornar-se um jogador de futebol, mas a sua trajetória mudou quando ingressou na Escola 25 de Abril e começou a envolver-se nas questões de direitos dos alunos.

Fala África: Mamadu Alimo Djaló destaca a importância da juventude na criação de uma "Agenda Comum" para o futuro da Guiné-Bissau
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“Eu tive o privilégio de crescer numa comunidade em que há essa possibilidade de se juntar a organizações juvenis que me fez crescer mais ainda enquanto pessoa”.

Alimo participou ativamente de organizações de direitos das crianças, como o Parlamento Nacional Infantil, onde reconheceu a importância de influenciar o governo e as instituições para criar políticas que beneficiassem as crianças e promovessem uma sociedade livre de violência.

 Como a juventude da Guiné-Bissau está a moldar um futuro promissor?
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“Isso ajuda de alguma forma ou outra a tornar as crianças desde a infância até a vida adulta a serem pessoas responsáveis que contribuirão para o bem-estar do país”.

Em um artigo recente publicado na revista online, Mamadu Alimo Djaló propôs a ideia de uma "Jornada Comum de Jovens Guineenses". Essa proposta visa unir jovens de diversas organizações para criar uma agenda comum. Acreditando que a diversidade da sociedade guineense é uma força que pode impulsionar o progresso, ele enxerga essa jornada como uma oportunidade para os jovens se unirem e discutirem questões primordiais para sua geração.

“Então nesse espaço comum, que pode acontecer de dois em dois anos como descrevi no artigo, vai ser eleger a comissão organizadora deste evento magno, que vai trazer todas as valentias, todas as dificuldades que os jovens têm, para discutir e ao mesmo tempo levar essa agenda para o governo ter em conta quanto a voz dos jovens guineenses. Por exemplo, se no ano 2024 organizarmos uma jornada nacional de Juventude Guineense vamos ter todas as organizações legalizadas para discutirem um assunto primor daquilo que nós jovens necessitamos. E o máximo que nós necessitamos neste momento é que haja uma política e ação do emprego jovem”.

O mestre em sociologia argumenta que, apesar das diferenças nas organizações juvenis, há mais semelhanças do que diferenças: “As estruturas do poder normalmente vão com agendas político-partidárias. Se vão com agendas político partidárias nós enquanto jovens da sociedade civil precisamos de ter uma contra-agenda porque a agenda que os governantes levam são agendas que respondem aos partidos políticos e não aos anseios da população. Nós enquanto grupo podemos provocar isso. Provocar com que a agenda seja ligada ao bem-estar dos jovens, da população guineense, ao bem-estar de todas as pessoas que se nacionalizam guineense, ou que nascem dentro do território nacional”.

As propostas transformadoras de Alimo também se estendem aos campos de férias: “No meu caso particular, em dois campos de férias que eu participei enquanto formando, aprendi imensas coisas que me que me acompanham enquanto ativista. Por exemplo, aprendi no primeiro campo de férias sobre a educação global, mas nessa educação global conseguimos aprender sobre a questão da glocalidade, o pensar global e agir localmente. E no segundo campo de férias, foi possível aprender sobre a Convenção dos Direitos da Criança, que na altura a oficina chamava-se “Escola de Cadete.”

Em vez de campos de férias separados com focos distintos, Alimo quer ver a criação de um espaço comum onde os jovens possam aprender sobre uma variedade de tópicos, desde educação global até direitos das crianças, em um ambiente colaborativo, para que isso permita ainda mais o crescimento dos jovens.

Fala África: Jay Brito Querido na busca da excelência no ensino superior em Cabo Verde

Fala África: Jay Brito Querido na busca da excelência no ensino superior em Cabo Verde
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Fala África: Jay Brito Querido discute o caminho para o progresso científico em Cabo Verde

Jay Brito Querido
Jay Brito Querido

"Cabo Verde tem de criar, à semelhança de outros países como a Índia, a Coreia do Sul, uma rede da diáspora do conhecimento que pode fomentar o avanço científico no país através de colaborações e projetos conjuntos"

Num mundo cada vez mais conectado, a ciência e a educação desempenham papéis cruciais no desenvolvimento de nações.

No programa Fala África entrevistámos o Dr. Jay Brito Querido, professor assistente de bioquímica na Faculdade de Medicina e professor assistente de pesquisa no Instituto de Ciências da Vida da Universidade de Michigan, EUA.

Fala África: Investir na ciência é investir no futuro de Cabo Verde, diz Dr. Jay Querido
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Quais os desafios e oportunidades para a ciência e o ensino superior em Cabo Verde e em todo o continente africano? Como a pesquisa científica e a colaboração internacional têm moldado o futuro de Cabo Verde, inspirando inovação e progresso?

Segundo o Dr. Querido, Cabo Verde enfrenta o desafio de não apenas aumentar o número de instituições, mas também elevar a qualidade e o rigor do ensino superior.

“Cabo Verde é um dos países com maior taxa de fuga de cérebros”.

Fala África: Jay Brito Querido na busca da excelência no ensino superior em Cabo Verde
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Uma das soluções sugeridas pelo professor para impulsionar o avanço científico e tecnológico em Cabo Verde e em outros países lusófonos é a colaboração com a diáspora cabo-verdiana, que inclui cientistas altamente qualificados que vivem nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo.

“Hoje Cabo Verde tem de compreender que vivemos num mundo global e no mundo global cada vez mais conectado. Um cabo-verdiano que vive aqui por exemplo no Michigan ou em Boston não tem de estar em Cabo Verde para contribuir para o avanço do país. Cabo Verde tem de criar, à semelhança de outros países como a Índia, a Coreia do Sul, uma rede da diáspora do conhecimento que pode fomentar o avanço científico no país através de colaborações e projetos conjuntos”.

“Aquilo que nós temos assistido são colaborações pontuais entre pesquisadores, entre investigadores, mas não existe um plano estruturado para colaboração entre instituições do ensino superior em Cabo Verde e instituições de ensino superior aqui nos Estados Unidos, como por exemplo, as que existem em Portugal. Em Portugal existe o programa MIT Portugal e existem colaborações com universidade do Texas, Austin e Portugal, então são programas estruturados e isso tem faltado a Cabo Verde.”

O cientista acrescentou que “em Cabo Verde ainda não temos uma agência estruturada para o financiamento e regulação da investigação científica no país. Então ainda estamos numa fase muito incipiente e que temos de dar os primeiros passos até pensar em internacionalização da investigação científica que se faz no país”.

“Eu venho de uma de uma família humilde, então eu sei as dificuldades que os jovens da preferia da Cidade da Praia sentem para dar o próximo passo. Uma das dificuldades, é a falta de autoestima. Falta alguém que lhes diga que é possível”, explicando a importância da sua participação na criação do projeto "Professor por 1 Dia" no Agrupamento 8 do Centro Educativo Achada Grande, na cidade da Praia, Cabo Verde.

“Hoje essa escola tem sido um exemplo daquilo que é a transformação que uma escola pode introduzir numa comunidade. Estou muito orgulhoso pelo pequeníssimo contributo que eu dei para esse processo.”

Fala África: "Os livros não chegam as comunidades, mas a música chega. Graças a deus!", Jaime MC
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