Quatro novos casos de ébola foram confirmados na República Democrática do Congo, afirmou o Ministério da Saúde, acrescentando que autoridades médicas preparam a utilização de um tratamento experimental da doença.
O ministério acredita que a febre hemorrágica já tenha morto 38 pessoas, embora vários casos não tenham sido confirmados.
Na semana que passou, as autoridades começaram a vacinar funcionários de equipas de saúde e pessoas que tiveram contacto com casos confirmados. A vacina experimental, produzida pela Merck, mostrou-se eficaz contra o surto do vírus no Congo, que se acreditava estar contido no final do mês passado.
As autoridades também estão prontas para usar um tratamento experimental, chamado de mAB114, em pacientes de ébola pela primeira vez, disse Steve Ahuka, um virologista do Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica (INRB), na capital Kinshasa.
O tratamento foi desenvolvido nos Estados Unidos usando anticorpos de um sobrevivente de um surto de ébola ocorrido na cidade congolesa de Kikwit em 1995 e mostrou-se 100 por cento efectivo quando testado em macacos.
Steve Ahuka disse que outros tratamentos experimentais também poderão ser usados.
O ébola, que causa febre, vómitos e diarreia, alastra por contacto directo com fluidos corporais. O vírus matou mais de 11 mil pessoas na África ocidental entre 2013 e 2016.