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Conflito militar e crise económica colocam em risco direitos fundamentais


Filas em bomba de gasolina, na capital moçambicana, Maputo. Moçambique, Janeiro 2017
Filas em bomba de gasolina, na capital moçambicana, Maputo. Moçambique, Janeiro 2017

A opinião é de especilialistas moçambicanos

As crises financeira e política contribuem grandemente para o incumprimento dos direitos fundamentais em Moçambique.

Esta tese foi defendida, pelo Provedor de Justiça, José Abudo, e pela Comissão Nacional de Direitos humanos, Custódio Duma.

"A maior parte da população vive nas zonas rurais, lá onde o conflito tem maior incidência, a população não pode trabalhar, não pode ir às suas machambas, não pode ir a escola, não pode ter acesso a hospitais, portanto é importante que se resolva a questão político-militar, além disso temos problemas do crime organizado e da ma administração pública", advertiu JoséAbudo.

Custódio Duma considera, por seu turno, que sempre que há uma crise económica as pessoas ficam “com a sua capacidade de compra, a sua capacidade de poderem satisfazer as necessidades básicas como por exemplo alimentação, transporte, educação e saúde, reduzidas”, o que, para ele, afecta o respeito dos direitos humanos.

Esta realidade abre caminho a outro problema, como aponta o bastonário da Ordem dos Advogados, Flávio Menete, porque, segundo ele “quando a violação dos Direitos Humanos está associada à impunidade, naturalmente que nós vamos ter dificuldades de pôr as pessoasa respeitar os direitos humanos”.

Na semana passada, o Presidente moçambicano reconheceu que só com a paz efectiva é que os direitos fundamentais podem ser observados.

Há cerca de um mês e meio, Moçambique observa uma trégua no conflito político-militar.

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