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Comunidade islâmica sem reconhecimento em Angola por falta de união entre as diferentes alas


Mesquita em Luanda, Angola
Mesquita em Luanda, Angola

Recém criado Conselho Islâmico de Angola não reúne todas as comunidades

A existência de diferentes organizações islâmicas em Angola continua a impedir o reconhecimento do Islão por parte do Governo.

O recém criado Conselho Islâmico de Angola pretendeu unir as diversas correntes, mas a Comunidade Islâmica de Angola não se fez presente e o Executivo mantém o seu posicionamento até a formação de um único órgão federador dos fiéis muçulmanos.

O presidente do recém Conselho Islâmico de Angola, sheikh Altino da Conceição Miguel Umar, antigo coordenador da Comunidade Islâmica de Angola (COIA), confirmou à VOA a posição do Governo comunicada pelo director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), Francisco de Castro Maria.

“Fizemos três ou quatro reuniões com o dircetor Castro Maria, que deu orientações precisas e eram orientações legais. Que as comissões instaladoras devem realizar congressos ou assembleias para legitimar os seus órgãos. No dia 4 de Abril deste ano a COIA e a CISA reuniram e as orientações saídas do INAR foram as de que devemos organizarmo-nos para de seguida passarmos para o processo de legalização”, contou Umar.

Entretanto, embora a criação do Conselho Islâmico de Angola (Consia) tenha visado congregar todas as alas, a Comunidade Islâmica de Angola (CISA), não se fez presente no seu lançamento.

Francisco de Castro Maria, director do Instituto Nacional para os Assuntos Religiosos (INAR), esclareceu à VOA que enquanto as alas não se unirem o islão não será reconhecido.

“Depende mais deles do que do Ministério. Eles próprios estão divididos. Como é que vamos legalizar uma organizaçao que não está organizada? Sabe quantas alas existem entre eles?”, questionou.

O recém eleito líder do Conselho Islâmico de Angola (Consia) diz estar aberto para receber qualquer outro membro e que a CISA abandonou o projecto sem qualquer fundamento plausível.

"Eles boicotaram e infelizmente não participaram no congresso e nós decidimos avançar com o processo de eleição”, afirmou Miguel Umar, acrescentando haver em Angola cerca de 130 mesquitas e mais de 800 mil membros.

Além do Conselho Islâmico de Angola, existem a CISA, Fundação Islâmica de Angola, ultimas duas que tentamos o contacto mas não tivemos sucesso.

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