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Comunidade internacional felicita Moçambique, país sem minas


Moçambique foi declarado país livre de minas antipessoais esta semana numa cerimónia oficial que representa o fim de um processo que, em 1998, dizia-se que duraria cerca de 50 anos.

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O Governo moçambicano concluiu o Plano Nacional de Acção contra as Minas com o qual conseguiu desenterrar e destruir 171 mil artefactos.

Para a coordenadora da ONU em Moçambique, Bettina Misa, trata-se de uma "conquista monumental", porque há duas décadas "muitos estimaram que demoraria de 50 a 100 anos a desminagem em Moçambique", já que o problema era comparável ao de outros países fortemente afectados como o Afeganistão, Iraque, Vietname, Croácia e Bósnia.

As operações de desminagem, que começaram em 1992 no marco do Acordo de Paz assinado em Roma, determinaram a "libertação" de 55 milhões de metros quadrados de terreno que bloqueavam o desenvolvimento de actividades sociais e económicas.

O custo total do plano chegou a 220 milhões de dólares financiados, na sua maior parte, pelo Governo.

Moçambique comprometeu-se na convenção de Otava em 1998 a deixar de utilizar minas e a retirá-las num prazo de 10 anos.

Em 1999, foi criado o Instituto Nacional de Desminagem com o qual o Governo assumiu esta responsabilidade, retirando entre 2002 e 2006 mais de 127 mil minas e 102 mil dispositivos não explosivos, como armas ou munição.

Os Estados Unidos saudaram o anúncio do Governo moçambicano de que o país está livre de minas terrestres.

Em nota, o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, considerou que, à semelhança do que acontece com outros países, a desminagem do país permitirá a Moçambique entrar numa fase de total “recuperação e desenvolvimento pós-conflito”.

Desde 1993, quando Moçambique emergiu de décadas de conflitos como um dos países mais afectados por minas terrestres do mundo, os Estados Unidos investiram, juntamente com outros países, mais de 55 mil milhões de dólares para melhorar a segurança das comunidades locais no âmbito do programa de Destruição de Armas Convencionais dos Estados Unidos.

Através dessa parceria - que inclui a comunidade internacional de doadores e organizações de desminagem humanitária – “foi realizado um trabalho diligente para a segurança das pessoas, evitando lesões através da educação da comunidade e fornecendo serviços médicos e sociais aos sobreviventes de acidentes.

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