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Comité de Sábios vai propôr medidas para combater a corrupção em São Tomé e Príncipe


Carlos Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe
Carlos Vila Nova, Presidente de São Tomé e Príncipe

Iniciativa do Presidente da República Carlos Vila pretende inverter sinais de aumento da corrupção no país

O Presidente são-tomense considera que a corrupção atingiu um nível preocupante no país e anunciou a criação de um comité de sábios para estudar e combater o flagelo.

O Governo promete empenhar-se na luta contra a corrupção, enquanto a presidente da Rede das Mulheres de São Tomé e Príncipe espera que os partidos políticos não ponham em causa as competências do chefe de Estado na criação deste mecanismo.

Carlos Vila Nova justificou a criação do comité com a divulgação de inquéritos que indicam que a corrupção está a aumentar vertiginosamente em São Tomé e Príncipe, com graves consequências para o desenvolvimento do país.

“O último estudo de opinião publica revelou que sete em cada 10 são-tomenses têm a percepção de que a corrupção aumentou bastante, São Tomé e Príncipe também baixou de posição no ranking da Transparência Internacional sobre o combate à corrupção”, afirmou Vila Nova que pretende que o referido comité seja inclusivo, embora reconheça que não será uma “prescrição obrigatória” para os governos.

Por seu lado, o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, comprometeu-se a colaborar na luta contra o flagelo através de todas as instituições sob a responsabilidade do Governo.

A presidente da Rede das mulheres de São Tomé e Príncipe e antiga Bastonária da Ordem dos Advogados disse à VOA esperar que a classe política do país não venha a questionar as competências do Presidente da República "numa iniciativa que deve contar com o apoio de todos".

“ Os níveis de corrupção estão elevadíssimos e enquanto o mais alto magistrado da nação é dever do Presidente da República criar mecanismos para inverter a situação que briga com a imagem externa do país e com o nosso desenvolvimento socioeconómico”, defendeu Célia Posser.

O comité, segundo o Presidente são-tomense, vai consultar universidades de renome nesta área, recolher exemplo de modelos de instituições e de quadro normativos de vários países, auscultar as instituições nacionais e a sociedade civil, bem como os parceiros bilaterais e multilaterais.

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