Desde a pandemia da SIDA, que começou na década de 1980, o Brasil decidiu proibir a doação de sangue por homens gays, bissexuais e transexuais.
Considerado grupo de risco do HIV, as autoridades da saúde defendiam que a medida tinha o objetivo de reduzir o risco de contaminação em transfusões. No entanto, heterossexuais não enfrentavam a mesma restrição.
Desde 2017, o Supremo Tribunal Federal discutia a proibição, mas três anos depois, em meio a pandemia, a decisão foi acelerada porque os hemocentros convivem com a falta das doações. Os ministros do Supremo entenderam que, com a evolução da ciência, há maneiras de detectar doenças contagiosas durante o processo de doação - e que a restrição aos gays seria uma forma de preconceito.
A decisão levantou um debate no Brasil e a Voz da América foi às ruas ouvir os brasileiros sobre as novas regras.