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Cobalt poderá ter violado leis contra suborno, em Angola, envolvendo Manuel Vicente


As alegadas violações envolvem o vice presidente angolano Manuel Vicente, o General Hélder Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e o General Leopoldino Fragoso do Nascimento

O anúncio de que as autoridades americanas planeiam iniciar em breve acções judiciais contra a companhia petrolífera Cobalt, deverá abalar o governo angolano pois alegadas acções de corrupção da Cobalt envolvem destacadas personalidades políticas de Angola incluindo o vice presidente Manuel Vicente.

As investigações foram iniciadas há alguns anos atrás depois de ter sido noticiado que a Cobalt tinha ganho acesso à exploração de petróleo em Angola, associando-se a uma companhia angolana com o nome de Nazaki.As alegadas violações envolvem leis contra a suborno de entidades estrangeiras e neste caso envolvem alegadamente o vice presidente angolano Manuel Vicente, o General Hélder Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e o General Leopoldino Fragoso do Nascimento.


Cobalt Inc. investigada por corrupção em Angola

Investigações do activista Rafael Marques concluíram que a Nazaki era propriedade do Grupo Aquattro Internacional SA - sociedade anónima que controlava em 99.96% do capital da Nazaki Oil & Gaz.

Manuel Vicente e os outros generais detinham quotas idênticas de 33,3% do capital social da Aqquatro

Subsequentemente Manuel Vicente e o General Kopelipa reconheceram em cartas enviadas ao jornal Financial Times de Londres que eram accionistas na companhia Nazaki mas disseram ter agido de acordo com a lei angolana e negaram qualquer envolvimento em acções de tráfico de influência para obterem vantagens ilícitas como accionistas na companhia.

A companhia Aquattro teria sido, entretanto, dissolvida mas os accionistas angolanos não especificaram se já não detinham interesses na Nazaki

O activista Rafael Marques disse em 2012 que os escritorios da Nazaki em Luanda são no mesmo edifício dos escritórios da Cobalt, e fez notar que a Nazaki era uma companhia que “só existia no papel” antes de se associar à Cobalt.

“Como é que se entra em acordo com uma companhia que nada tem para se explorar petróleo em Angola?” interrogou Marques numa entrevista em 2012 à Voz da América.
A Cobalt chegou a negar publicamente que a Nazaki fosse propriedade de figuras influentes no governo angolano.

Corrupção em Angola abordada no fórum da sociedade civil em Washington

Nesta Quarta-feira, a Cobalt disse que apesar de ter sido notificada de que enfrenta uma possível acção criminal continua a “acreditar que as suas actividades em Angola cumpriram todas as leis, incluindo a lei americana anti práticas corruptas”.

Manuel Vicente esteve esta semana em Wahington para participar na cimeira Estados Unidos Africa onde foi recebido pelo Secretário de Estado Americano John Kerry.

Já esta semana a organização anti corrupção, Global Witness, disse que a Cobalt e a BP tinham entregue 175 milhões de dólares à companhia petrolífera angolana Sonangol para a construção de um centro de investigação e tecnologia que não existe.
As duas companhias planeiam entregar outros 175 milhões para o mesmo fim mas não puderam explicar por que razão o centro ainda não existe.

Angola quer maior presença americana na sua economia - Manuel Vicente

A Global Witness disse que isso levanta a possibilidade de o dinheiro estar a ser desviado para práticas corruptas.

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