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Cisternas de água para combater a seca na Huíla


Simeone Chiculo, director da Adra para Huila e Cunene
Simeone Chiculo, director da Adra para Huila e Cunene

Organizações da sociedade civil e Igreja Católica tomam dianteira para minimizar os efeitos da pior seca dos últimos 30 anos em Angola

Nos municípios dos Gambos e Humpata no interior da província angolana da Huíla estão a ser construídas100 cisternas de água para mitigar os efeitos da seca.

As infra-estruturas que serão erguidas em três anos pelo consórcio ADRA e a Ajuda da Igreja da Noruega, (NCA), no âmbito do Projecto de Fortalecimento da Resiliência Alimentar e Nutricional em Angola, (FRESAN) estão avaliadas em 1,5 milhões de euros com financiamento da União Europeia.

A comuna da Bata-bata no município da Humpata com 16 cisternas e as várias localidades da circunscrição dos Gambos com 84 são o epicentro da seca na província da Huíla.

O director da ADRA, antena Huíla e Cunene, Simeone Chiculo, defende que projectos do género com impacto a médio prazo devem ser multiplicados nas comunidades.

“Temos a expectativa de que de 2022 em diante as comunidades já estejam a beneficiar dos resultados do projecto FRESAN e ali o impacto da seca na região já poderá ser reduzido”, disse.

Recolha de donativos

Também preocupada com a fome e a miséria que grassa sobre várias comunidades na Huíla, a Cáritas de Angola, arquidiocese do Lubango, acaba de lançar uma campanha de recolha de donativos designada por “semana de misericórdia” que deve se estender até dezembro do corrente ano.

O director da Cáritas de Angola, arquidiocese do Lubango, padre, Francisco Chissuaca, diz que a igreja não pode ficar indiferente em tempo de crise.

“Quando surgem as crises, a Cáritas é como a voz daqueles que não têm voz. Tem que erguer a sua voz para numa espécie de grito de socorro permitir a ajuda de almas generosas para socorrer as pessoas”, afirmou.

Neste momento, ante a pior seca dos últimos 30 anos na região, várias iniciativas solidárias para acudir à seca e à fome no sul de Angola, como também multiplicam-se as vozes que apoiam a execução de projectos estruturados e sustentáveis para lidar com o fenómeno.

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