A Cimeira Rússia-África passa-se a realizar a cada três anos precedida de encontros anuais dos chefes da diplomacia russa e dos países africanos para avaliar o estado da cooperação.
A decisão foi tomada na cimeira que reuniu na quarta e quinta-feira na cidade russa de Sochi o Presidente Vladimir Putin e cerca de meia centena de Chefes de Estado e de Governos de países africanos.
No comunicado final, os dois lados assumiram o seu interesse em estreitar os laços em diversos domínios.
Moscovo expressou seu interesse em cooperar com os governos africanos "nos domínios do comércio, da indústria e da facilitação do inves-
timento” e prometeu apoiar os esforços “dos Estados africanos a promover a interacção e desenvolver as infra-estruturas e as indústrias”.
Por seu lado, Os países africanos concordaram em unir esforços para promover “o comércio, investimento e desenvolvimento sustentável”, para tornar o “sistema económico global mais socialmente orientado”, opondo-se a “qualquer manifestação de unilateralismo, proteccionismo e discriminação”.
Moscovo também expressou seu interesse em cooperar com os governos africanos” nos domínios do comércio, da indústria e da facilitação do inves-
timento” e prometeu apoiar os esforços “dos Estados africanos a promover a interacção e desenvolver as infra-estruturas e as indústrias”.
No final da Cimeira, o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, e o Presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, assinaram o documento, que cria, ao mesmo tempo, o “Fórum de Parceria Rússia e os Países Africanos”, uma “nova ferramenta de diálogo para atribuir um carácter regular e sistemático à cooperação entre os países”.
Depois de passar em revista várias sectores de interesse, nomeadamente no capítulo da formação, o Presidente Vladimir Putin destacou os acordos que a Rússia tem com 11 países africanos para a realização periódica de manobras militares e anunciou que há mais países interesssados.
Duranto os dois dias da cimeira, e em encontros paralelos, foram assinados meia centena de acordos e memorandos no valor de 12 mil milhões de dólares.