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Cimeira do Clima em Nova Iorque para aqueles que têm propostas concretas


António Guterres não quer que seja um palco político
António Guterres não quer que seja um palco político

Dezenas de Chefes de Estado estão reunidos em Nova Iorque nesta segunda-feira, 23, para a Cimeira de Acção sobre o Clima.

Depois de um fim-de-semana marcado por manifestações de jovens através do mundo a exigir medidas para combater o aquecimento global, a cimeira é vista por alguns como o encontro mais importante sobre o clima desde a assinatura do Acordo de Paris de 2015.

Entretanto, nos bastidores aquecem manobras diplomáticas que sublinham as profundas diferenças que ainda existem sobre a questão.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse querer aproveitar a presença de dirigentes e jornalistas de todo o mundo para dar enfâse à questão das mudanças climáticas.

“O meu principal objectivo”, disse Guterres num encontro com jornalistas, “é fazer o máximo de barulho possivel e fazer o máximo possível para apoiar os muitos actores envolvidos nesta questão”.

Neste sentido, os dirigentes da ONU foram mais longe ao organizarem esta cimeira e procuraram eveitar que ela fosse um espaço para mais “discursos bonitos”, no dizer do próprio Guterres.

Assim, só foram convidados a falar estadistas que tenham planos concretos e realistas que poderão ser incluídos nos planos da ONU para a neutralidade na emissão de carbono até 2050, medidas para pôr fim ou reduzir substancialmente os subsídios aos combustíves fosseis, introdução de impostos sobre o uso de energia que emita carbono e promessas de proibir a construção de mais centrais eléctricas a carvão a partir do final do próximo ano.

O resultado é que na cimeira de hoje deverão apenas falar cerca de 60 presidentes.

Uma fonte da ONU disse que representantes de100 países tinham pedido para falarem na conferência mas “cerca de metade foram rejeitados”

A China e a India insistem que os países mais ricos devem cumprir promessas anteriores de angariarem 100 mil milhões de dólares por ano para ajudar os paises em desenvolvimento a fazer face ao impacto das mudancas climáticas.

A China, a segunda maior economia do mundo, defende que “tem o direito de receber” desse fundos por ser ela própria um pais em desenvolvimento e desconhece-se se vai apresntar novos planos como desejado pela ONU.

Estados Unidos, Brasil e África do Sul ausentes

Os Estados Unidos não vão estar presentes e numa manobra diplomática que apanhou muitos de surpresa, a representação americana reservou uma das salas de conferência da sede da ONU para uma conferência sobre a liberdade religiosa em que o Presidente Donald Trump deverá discursar.

Esta decisão é vista por alguns analistas como uma manobra para desviar a atenção da cimeira sobre o clima

Fontes da ONU disseram que isto vai criar o que chamaram de “problemas logisticos” mas recusaram-se a fazer outros comnetários.

O Brasil e a Africa do Sul também não vão estar presentes.

As expectativas indicam que nesta cimeira surgirão novas promessas que depois serão avaliadas na proxima cimeira sobre o clima a realizar-se no proximo ano em Glasgow, na Escócia

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