A cimeira sobre a situação na África Central marcada para esta terça-feira, 13, na capital angolana ficou reduzida a apenas três chefes de Estado.
As ausências notórias dos presidentes Joseph Kabila, da República Democrática do Congo, Paul Kagame (Rwanda) e Yoweri Museveni (Uganda) acabaram por transformar a esperada cimeira num encontro tripartido que juntou João Lourenço, de Angola, Dennis Sassou Nguesso (República do Congo) e Ali Bongo (Gabão).
Também não foi visto o presidente da Comissão da União África, Moussa Faki Mahamat.
Ao contrário do que estava previsto, não houve discursos ou declarações da praxe e os três estadistas reuniram-se à porta fechada.
A cimeira, convocada pelo Presidente angolano João Lourenço, visava analisar os últimos acontecimentos na RDC, Sudão do Sul e na República Centro Africana.
O analista Francisco Tunga Alberto admite que a ausência dos estadistas tenha a ver com os vários interesses económicos e políticos em jogo na região, onde a saída de Kabila da liderança da RDC é vista como podendo beneficiar uns e prejudicar outros países vizinhos.
O ministro angolano das Relações Exteriores, Manuel Augusto, disse à imprensaq ue a cimeira foi designada como de “Concertação Política para a Unidade na Acção”, partindo do princípio segundo o qual “os problemas da região devem ser, em primeira instância, resolvidos pelos líderes ou governos dos respectivos países da região”.
A reunião de Luanda antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que vai decorrer em Windhoek (Namíbia) e na qual será feita uma discussão e concertação política sobre os projectos de paz e estabilidade nas duas regiões africanas.