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Cimeira da SADC: Instabilidade militar e industrialização na agenda que deixa vários temas de fora


Líderes da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Lilongwe, Malawi
Líderes da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), Lilongwe, Malawi

Angola assume Presidência rotativa da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral na cimeira que começa na quinta-feira, 16.

Angola substitui nesta quinta-feira, 17, a República Democrática do Congo (RDC) na Presidência rotativa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em mais uma cimeira de Chefes de Estado da organização.

O evento, que decorre sob o lema: "Capital Humano e Financeiro, os principais Fatores para a Industrialização Sustentável da Região", deverá juntar em Luanda a maioria dos presidentes dos países membros.

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Entre outros assuntos agendados, os Presidentes irão aprovar o relatório elaborado pela reunião da troika que versa o desdobramento de forças em estado de alerta na RDC, país que realiza eleições em Dezembro deste ano.

César Zalata, especialista em relações internacionais, diz haver outras questões de relevo que afectam a região da SADC que também deviam ter destaque nesta cimeira como são os casos da instabilidade militar e política na RDC e em Moçambique .

“Não se pode falar em industrializar a SADC nem na aposta do capital humano e financeiro sem que se resolva em definitivo as questões ligadas instabilidade política e militar que acaba por ser um grande calcanhar de aquiles para a materialização dos objectivos da industrialização da região”, acrescentou,

Por sua vez, o analista político e social Elson de Carvalho aponta o ensino, a educação e a saúde como os grandes desafios internos que se colocam à Presidência de Angola para que o país possa disputar em igualdade de circunstâncias a responsabilidade pelo desenvolvimento económico e social da região austral de África.

“É um tema bastante desafiador que deve-nos levar a reflectir bastante e com calma para ver se estamos à altura dos desafios que a região começa a trazer”, defende o analista, que destaca o Corredor do Lobito como um elemento a ter em conta nesta empreitada.

Outro desafio, na opinião de Elson de Carvalho, de Angola tem a ver com “necessidade de adptar a banca angolana à necessidade do desenvolvimento da região”.

Os Presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa e da Zâmbia, Hakainde Hichilema são os primeiros chefes de Estado a escalar Luanda, nesta quarta-feira, 16.

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