Mais de 100 jovens, na sua maioria desempregados, na cidade do Huambo foram ludibriados por uma cidadã, conhecida por Iana, com promessas de vagas na função pública.
Ela e uma intermediária no processo estão presas
Os lesados explicam que acusada fazia-se passar por alguém influente em alguns sectores da vida pública com destaque para os ministérios do Interior, Saúde e Educação.
“Esperamos por muito tempo pelos concursos e, com esta abertura, preferimos pagar porque a senhora alegava ser amiga do director da Educação e de outros sectores”, explica António Sambo, uma das vítimas.
Os cidadãosburlados dizem ter pago 300 mil kwanzas.
Entretanto, eles dizem que o esquema foi descoberto devido à morosidade em dar respostas e as desculpas constantes por parte da cidadã acusada.
“Depois de um determinado descobrimos que era burla”, acrescentou Sambo, para quem a senhora em causa deve ser penalizada criminalmente e devolver o dinheiro recebido.
A cidadã Aurora Sahiombo, uma das intermediárias do esquema, admite o crime e explica que “na primeira fase alguns deram de 300 a 500 mil kwanzas”.
“A minha lista envolve várias famílias, entre sobrinhos e tios e ronda à volta de 10 milhões de kwanzas”, reconheceu.
O director do Gabinete Institucional da Polícia no Huambo, Martinho Cativa, garantiu que o caso está a ser tratado a nível judicial.