O ciclone Jude atingiu o norte de Moçambique na manhã de segunda-feira, 10, deixando pelo menos uma morte, feridos e destruição de infraestruturas, segundo o secretário permanente do distrito de Meconta, citado pelo jornal Ikweli.
O ciclone tropical chegou "ao continente de Moçambique na manhã de hoje (segunda-feira) de através do distrito de Mossuril, na província de Nampula, com ventos médios de 140 km/h e rajadas que atingiram 195 km/h", de acordo com o Instituto Nacional de Metereologia (INAM).
Este é o terceiro ciclone a atingir o país em poucos meses.
O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) alerta que este ciclone pode afetar 341 mil pessoas, mas até agora "existe capacidade para assistir cerca de 65 mil pessoas daquilo que tinha sido arrolado e foi anunciado no conselho técnico", disse o porta-voz Paulo Tomás.
As escolas estão encerradas, cerca de 40 mil pessoas estão sem eletricidade e a companhia nacional, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), cancelou todos os voos domésticos para o norte do país.
"Nos próximos dias, espera-se que Jude enfraqueça à medida que se desloca sobre terra, devendo aproximar-se da fronteira entre Moçambique e o Malawi", estima o Centro Meteorológico Regional para Ciclones (CMRS) em Reunião.
"Prevê ressurgir no Canal de Moçambique na quarta ou quinta-feira. Poderá então sofrer um ressurgimento com uma nova fase de intensificação, enquanto segue para sudoeste em direcção a Madagáscar", alerta o CMRS, que depende da Météo France.
O Chido, depois de devastar Mayotte em Dezembro, provocou a morte a pelo menos 120 pessoas em Moçambique e destruiu quase 120 mil casas, segundo o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD).
O furacão Dikeledi, em meados de janeiro, resultou na morte de pelo menos cinco pessoas e na destruição de quase 3.500 casas.
Em Moçambique, "cerca de um milhão de pessoas estão em risco", estima Guy Taylor, porta-voz da UNICEF no país.
Algumas informações neste artigo tiveram como fonte a AFP
Fórum