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China nega acusações do Pentágono de espionagem cibernética


Edifício que alberga a “Unidade 61398” do Exército da Libertação do Povo em Shanghai, descrito como responsável por ciber-ataques contra empresas e governo americano, Fev 2013.
Edifício que alberga a “Unidade 61398” do Exército da Libertação do Povo em Shanghai, descrito como responsável por ciber-ataques contra empresas e governo americano, Fev 2013.

Governo americano tinha acusado Pequim de espionagem através de unidades do Exército da Libertação do Povo

A China negou as acusações dos Estados Unidos, segundo as quais estaria a apoiar ataques cibernéticoscontra agencias governamentais e empresas americanas.
Um relatório do Departamento de Defesa dos Estados unidos publicado ontem dizia que os ataques cibernáticos “demonstram ser directamente atribuídos” ao governo da China.

O relatório desta semana do Pentágono é a primeira acusação directa do governo americano ao exército chinês de espionagem através da internet. O Pentágono indica que o Exército de Libertação do Povo tem usado os ataques cibernéticos contra as redes de defesa americanas para identificar as vulnerabilidades do sistema, e a serem usados durante uma possível críse.

A porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros chinês, Hua Chunying negou no entanto as acusações americanas de espionagem cibernética.

Chunying disse acreditar que o Departamento da Defesa americana publica esse tipo de relatório ano após ano para justificar a criação e o exagero da tão falada ameaça militar da China.

No inicio deste ano a Mandiant, uma empresa especializada em segurança de computadores publicou um estudo detalhado acusando uma unidade do Exército da Libertação do Povo, próximo de Shangai de tentativa de roubo de informação de companhias americanas e de instituições do governo americano. O Pentágono afirma que o objectivo principal da China através dos cyber-ataques é roubar tecnologias industriais.

O relatório do Pentágono adianta igualmete que a China irá colocar em serviço vários porta-aviões nos próximos 15 anos. A primeira companhia construtora de porta-aviões chinesa, Liaoning, foi autorizada em Setembro. O Pentágono acrescenta ainda que a China está a desenvolver em segredo porta-aviões, cujo o primeiro aparelho foi testado em Janeiro de 2011.

Numa altura que a China parece concentrar-se a fundo na modernaização de suas tecnologias militares, Xiaohe Cheng, um professor de Relações Internacionais na Universidade de Renmin, diz que as pesquisas cyberneticas do governo é parte de um largo esforço destinado a aperfeiçoar as suas capacidades de defesa.

O governo chinês tem tentado criar uma forte força mútua que ofereça segurança para as suas fronteiras marítimas assim como as fronteiras terrestres. Ao mesmo tempo vemos o governo chinês dando enfase a capacidade de construção em duas novas áreas. Uma é a aero-espacial. A segunda é o cyber-espaço, disse o acadêmico chinês.

Os Estados Unidos estão igualmente a gastar bilhões de dólares no desenvolvimento de defesa cibernetica e capacidades de armas-ciberneticas. No inicio deste ano, as autoridades norte-americanas disseram que 13 equipas de guerra cibernetica estariam compostas em 2015 para se concentrar em respostas ofensivas no caso de os Estados Unidos serem atacados através da internet.

Em Março último, a China anunciou um aumento de 10,4 por cento do seu orçamento anual para o sector da defesa, totalizando 114 bilhões de dólares. O Pentágono considera contudo que o total dos gastos militares da China é muito maior, estimando entre os 135 bilhões e 215 bilhões de dólares em 2012 o total dos gastos no sector da defesa.
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