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Chefe da diplomacia russa critica eleição americana e insinua envenenamento de Navalny na Alemanha


Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia
Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia

Serguei Lavrov fala em eleição "arcaica" nos Estados Unidos

O ministro das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta quinta-feira,12, que o sistema eleitoral americano é o "mais arcaico existente entre os países mais importantes do mundo" e insinuou que opositor Alexei Navalny pode ter sido envenenado na Alemanha.

Sobre a eleição americana, Serguei Lavrov justificou por que o Presidente Vladimir Putin ainda não felicitou o projectado vencedor, Joe Biden, como já fizeram os mais importantes líderes mundiais.

"Parabéns são enviados antes da publicação dos resultados quando não há disputa", justificou Lavrov, reiterando o que tinha afirmado o porta-voz da Presidência de que Putin vai esperar o resultado oficial das eleições.

O chefe da diplomacia russa também criticou a eleição americana, que é decidida pelo Colégio Eleitoral e que dá brecha para que o candidato mais votado não se eleja.

"Se os americanos estão dispostos a viver com esta tradição que distorce consideravelmente a vontade do povo, que os deixemos", reiterou Lavrov.

Navalny envenenado na Alemanha

Na conferência de imprensa, Serguei Lavrov anunciou a aplicação de sanções contra altos funcionários alemães e franceses em resposta às restrições impostas pela União Europeia a seis autoridades russas que acusa de terem estado envolvidas na tentativa de assassínio do opositor Alexei Navalny.

A agência Interfax indicou que os visados são os chefes de gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, e do Presidente francês, Emmanuel Macron.

Na ocasião, Lavrov insinuou que o opositor Alexei Navalny, que foi alvo de envenamento com um agente nerutóxico, pode ter sido envenenado na Alemanha ou no avião que o levou para aquele país.

Amostras de sangue tiradas de Navalny, de 44 anos, confirmaram a presença do agente novichok, segundo a Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).

Lavrov entretanto afirmou ter "todas as justificativas para acreditar que tudo que aconteceu com ele, do ponto de vista da entrada do agente de guerra no seu corpo, poderia ter acontecido na Alemanha ou no avião no qual ele foi transportado e enviado à clínica".

A Rússia nega qualquer envolvimento no envenenamento de Navalny, que ainda se recupera na Alemanha

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