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Cerca de nove mil pessoas isoladas por inundações em Malanje passam fome


Rio Luando, Malanje
Rio Luando, Malanje

Cerca de nove mil habitantes das comunas de Cunga-Palanga e Kimbango, na província angolana de Malanja, que se encontram isolados desde finais de Janeiro da sede municipal de Luquembo, enfrentam a fome e aumento de doenças.

Os campos agrícolas continuam inundados pelas cheias provocadas por inundações do rio Luando, as estradas estão intransitáveis, enquanto aumentam os casos de malária e doenças diarreicas agudas.

Várias toneladas de mantimentos estão em armazéns na sede municipal de Luquembo, mas as autoridades não consequem chegar às regiões afetadas por falta de meios, como helicópteros.

Alcino Siabala, administrador do Luquembo
Alcino Siabala, administrador do Luquembo

O administrador municipal, Alcino Siabala, disse estar de mãos atadas, numa altura em que o combate à Covid-19 é outra frente que se abre para garantir a vida da população maioritariamente camponesa.

"Temos aí 400 sacos de 50 quilos para a comuna de Kimbango, 200 sacos de farinha de milho (25 quilos), são produtos diversos, entre alimentares e não alimentares para Quimbango seis mil pessoas, Cunga-Palanca três mil", contabilizou.

Os fuzileiros navais que distribuíam a ajuda alimentar através de botes de borracha aos aldeões retornaram às respectivas bases e os moradores de Cunga-Palanga e Kimbango estão entregues à sua sorte.

"Estão a lutar como podemr aqueles que ainda têm as suas lavras podem ajudar os outros [ajudar não], vender. E como vão vender se não têm dinheiro? Aqui todos são carentes, há uma solidariedade enorme, então, cada pessoa que tem alguma coisa consegue dividir com o outro", referiu, o administrador.

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