Várias centenas de cidadãos manifestaram-se neste sábado, 12, em Luanda, em homenagem ao médico Silvio Dala morto numa esquadra de polícia e contra a violência polícial em general, que deixou cerca de 20 vítimas desde o início da pandemia em Angola.
Médicos, pacientes, membros da sociedade civil, estudantes e políticos exigiram justiça no caso do médico Silvio Dala, morto no passado dia 1 numa esquadra policial da capital, depois de ter sido detido, alegadamente por não usar máscara dentro do seu carro.
O presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola, Adriano Manuel, afirmou que para qualquer pessoa que estudou medicina os vestígios da morte de Dala remetem para outras causas.
“A causa da morte do dr. Dala não é aquela e qualquer pessoa que estudou medicina sabe isto”, denunciou Manuel.
Mesmo com o pedido de desculpas, o comandante geral da Polícia Nacional (PN) não foi poupado.
Alguns manifestantes exigiram a exoneração de Paulo de Almeda, do ministro do Interior, Eugénio Laborinho, e da ministra da Saúde, Silva Lutucuta.
“Laborinho, fora... Paulo de Almeida, fora... Silva Lutucuta, fora…” foram algumas das palavras de ordem proferidas por vários participantes.
Na semana passada, o comandante-geral da PN, Paulo Almeida, disse à rádio pública não ter sido morto nenhum médico nas celas da policia e considerou o falecimento de Sílvio Dala “uma morte patológica.
Não há até agora informações de repressão policial ou casos de violência.