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"Caso sirios" pode envenenar relações Bissau-Lisboa


Vista de Bissau
Vista de Bissau

Governo guineense desconhece alegada pressão das autoridades sobre a TAP e cria comissão de inquérito.

O Governo de Transição na Guiné-Bissau e as autoridades portuguesas voltam a experimentar mais uma fase de crise nas suas relações diplomáticas.

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Desta vez, trata-se da questão dos cidadãos sírios que embarcaram na capital guineense com destino a Lisboa, onde se encontram agora pedindo asilo político.

A gravidade da situação apresenta cenários diplomáticos muito complicados entre Bissau e Lisboa. E hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional, Fernando Delfim da Silva, depois de um encontro com o Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo sobre a crise despoletada nos últimos dias, reuniu-se com o Encarregado dos Negócios da Embaixada de Portugal, reunião em que este assunto dos sírios em refúgio foi tema essencial do encontro.

À saída do encontro, e com a não declaração, à imprensa, do Encarregado de Negócios da Embaixada de Portugal em Bissau, o chefe da diplomacia guineense, Fernando Delfim da Silva, chamou os jornalistas e disse não poder, por enquanto, avançar muito, enquanto decorrem inquéritos para apurar as responsabilidades.

A decisão administrativa da companhia portuguesa em suspender os voos para Bissau, alegando razões de segurança, em virtude do embaraçoso caso dos 74 Sírios que se fizeram passar por cidadãos turcos, através de Bissau, alegadamente sob manto de turistas, gera uma certa onda de inquietação entre os guineenses.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional aceita este facto, mas não confirma, entretanto, informações em como o caso teria sido movido por alguns indivíduos com envolvimento nas estruturas governamentais e que a tripulação do voo foi obrigada a descolar do aeroporto guineense.

Mesmo com a então presença da TAP, que voava três vezes por semana, Bissau sempre representava uma linha área com muitas inconstâncias de voos.

A Cabo-Verde Airlines tinha-se retirado de Bissau desde Abril deste ano, na ressaca da detenção do ex-Chefe de Estado-Maior da Armada, José Américo Bubo Na Tchuto.

E agora com a suspensão dos voos da Transportadora Aérea Portuguesa, que está a procurar uma solução com as viagens marcadas para hoje, existem agora duas companhias que garantam Voos para a capital guineense Air Marrocos e a Asky.

Enquanto isso, em comunicado do Conselho de Ministros, o Governo da Guiné-Bissau veio afirmar que em nenhum momento teria permitido o embarque dos sírios sob qualquer circunstância e, em consequência, vai criar uma Comissão de Inquérito, que será composta de membros do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério do Interior, cujos titulares estiveram reunidos esta manha com o Chefe de Estado, Serifo Nhamadjo.
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