O presidente cessante da CASA-CE Abel Chivukuvuku disse hoje, 6, que em 2017 a sua formação vai ser governo, nem que para isso faça coligação com outros partidos políticos, mas não com o MPLA.
Neste momento os delegados ao congresso votam, para a escolha do próximo presidente da CASA-CE: Abel Chivukuvuku, Carlos Pinho e João Kalupeteka.
Contrariamente o que é habitual em congressos o da CASA-CE a votação começou hoje e hoje mesmo é escolhido o futuro presidente da coligação.
O líder cessante Abel Chivukuvuku disse na abertura que em 2017 a sua formação vai ser governo de Angola ainda que para tal façam coligação com outras forças partidárias.
''A nossa agenda é protagonizarmos em 2017 a mudança, vamos ser governo nem que para isso façamos coligação com outros partidos, desde que sejam patrióticos, honestos e competentes''.
''Entendemos que a actual governação não é competente, patriótica nem honesta por isso com MPLA a CASA nunca coligaria'', reforçou Chivukuvuku
Mas para isso Chivukuvuku teria primeiro que ultrapassar os outros dois candidatos dentro da CASA-CE, João Kalupeteka e Carlos Pinho, o primeiro já manifestou claramente a sua simpatia pelo candidato que cessa actividade mas isso não significa que a sua "candidatura seja fachada", e quem assim pensa "é ignorante político", diz Kalupeteka.
''Os meus amigos que me criticam ingenuamente lamento porque uma candidatura não significa apenas substituir o chefe, isto demonstra que são ingênuos, ignorantes e intolerantes políticos''.
O candidato Carlos Pinho protestou no primeiro dia do congresso pelo tempo que lhe foi concedido, relativamente ao candidato Chivukuvuku. Reparada a injustiça, Pinho usou como exemplo para desmistificar suposta fachada nas candidaturas à presidência.
''Diziam que eram candidaturas de teatro está aqui visto que com esta reclamação acha que isto é teatro? Não, nós fizemos quatro quilómetros por estrada''
Sobre estas alegações, William Tonet um dos vice-presidentes da lista de Chivukuvuku indagou.
''Se há fachada que outros o façam também pelo menos aqui vê-se abertura e liberdade, não há perseguição nem ostracismo, os outros nem fachadas conseguem fazer''.
Presentes ao congresso da CASA-CE estiveram neste primeiro dia representantes de vários partidos incluindo o MPLA, representantes de CDS, PSD e Bloco de Esquerda, de Portugal; MDM de Moçambique, altas figuras nacionais como Marcolino Moco, Dom Afonso Nunes e o presidente do Tribunal Constitucional Rui Ferreira, ex deputado Makuta Nkondo entre outras.
O congresso termina na quinta-feira, 8 de Setembro.