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Carla Sardeira: “Parque Nacional da Gorongosa inspirou a minha primeira colecção” de jóias


Carla Sardeira
Carla Sardeira

Beirense e sua primeira linha de jóias na Diáspora na América.

O dia de Carla Sardeira é agitado como a 5ª Avenida, essa artéria de Manhattan de um sentido que acolhe as melhores marcas do mundo da moda; onde diariamente milhares de turistas de todo o mundo cruzam-se.

Após duas ou três chamadas, Carla encontra espaço na sua agenda para partilhar com a VOA a sua trajectória, com realce para a nova fase que é marcada pelo lançamento da SARDEiRA, sua marca.

“Sou Carla Marina da Fonseca Sardeira. Nasci na Beira (Moçambique), em 1971. A minha família mudou-se para Portugal em Agosto de 1974, onde vivi até 1982,” diz num português fluente.

Nesse início da década de 1980, a família Sardeira fixa-se nos Estados Unidos. Na terra de oportunidades, Carla matricula-se na Parsons School of Design, especializando-se em metais. Ainda estudante, ganha um concurso internacional de criação da Swarovski, uma empresa de produção de jóias.

Depois de estagiar com o designer Robert Lee Morris, Carla trabalha em casas especializadas em Nova Iorque, antes de se aventurar na criação da sua própria marca. Precisava de ganhar calos para o desafio.

“A competição é imensa. Trabalhei para outras companhias por mais de vinte anos. Lancei a marca de jóias de fantasia da Tommy Hilfiger e trabalhei com a actriz Joan Rivers,” conta.

Carla Sardeira ©2016 SARDEiRA ● ALL RIGHTS RESERVED
Carla Sardeira ©2016 SARDEiRA ● ALL RIGHTS RESERVED

​Ela recorda-se que nalgumas ocasiões viu o seu preterido a favor de designers inferiores, mas não desistiu. “Acho que a minha vida continua a ser de milagres. Há sempre alguém que ouve e muda a direcção para o melhor.”

Nessa onda nasce a sua marca, SARDEiRA.

Para a criação da sua primeira colecção, ‘Amor’, “a inspiração vem do Parque Nacional da Gorongosa, onde fui em 2013”. As peças destinadas aos dois sexos são em prata e ouro amarelo, ouro rosa ou em combinação, e serão colocadas no mercado em de abril deste ano.

Sobre Gorongosa, ela conta que “não há palavras para descrever o que senti nos quatro dias que lá estive…é um tesouro que não tem preço (...) mas é lamentável que mais moçambicanos não tenham a oportunidade de visitar e conhecer bem o parque".

A viagem a Moçambique renova a paixão e sonhos para a terra que a viu nascer, o que lhe leva a afirmar que gostaria de ter mais ligação e “nada me daria mais orgulho que saber que o povo moçambicano gosta e deseja o meu trabalho”.

O primeiro passo da ligação ao país que a viu nascer no seu negócio é o envolvimento de artesãos de Sofala na criação de embrulhos para as jóias da colecção.

“Queria que fossem feitos na província onde nasci,” diz orgulhosa.

Acompanhe a entrevista:

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