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CAN 2021: Árbitra do Ruanda faz história amanhã ao liderar equipa de arbitragem só de mulheres


Salima Rhadia Mukansanga, árbitra do Ruanda, Campeonato Africano das Nações 2021 a decorrer nos Camarões
Salima Rhadia Mukansanga, árbitra do Ruanda, Campeonato Africano das Nações 2021 a decorrer nos Camarões

Salima Rhadia Mukansanga do Ruanda, Carine Atemzabong dos Camarões, Fatiha Jermoumi e Bouchra Karboubi, de Marrocos, apitam o jogo entre Guiné-Conacri - Zimbabwe

A ruandesa Salima Rhadia Mukansanga será a primeira mulher a apitar uma partida do Campeonato Africano de Nações (CAN), quando apitar para o pontapé-de-saída amanhã, 18, no jogo Guiné-Conacri-Zimbabwe, no Estádio Ahmadou Ahidjo, em Yaoundé, Camarões.

Ao seu lado, estarão outras três mulheres.

"Esta é a primeira vez que uma equipa feminina vai arbitrar uma partida do CAN", anunciou a Confederação Africana de Futebol em comunicado nesta segunda-feira, 17.

Bastidores do Desporto: As mulheres que dominam a arbitragem no CAN2021
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A camaronesa Carine Atemzabong e a marroquina Fatiha Jermoumi vão auxiliar Mukansanga no terreno de jogo, enquanto a liderar o VAR estará a também marroquina Bouchra Karboubi.

Mukansanga, de 35 anos, já tinha feito história no passado dia 10 ao se tornar na primeira mulher a integrar uma equipa de arbitragem numa partida do CAN, quando foi nomeada quarta árbitra no jogo entre a Guiné-Conacri e Malawi, em Bafoussam.

"Momento história para a arbitragem africana"

O chefe da Comissão da Arbitragem da CAF, Eddy Maillet, disse que “este momento histórico é resultado do claro compromisso e investimento da CAF para melhorar e avançar o padrão de arbitragem na África” e que “parte dessa jornada deve-se ao ‘Programa Star’ iniciado pela FIFA e pela CAF para desenvolver árbitros”.

Maillet acrescentou estar orgulhoso de Salima porque ela teve que “trabalhar excepcionalmente duro” para estar onde se encontra hoje.

“Sabemos que, para uma mulher, ela teve que superar sérios obstáculos para chegar a esse nível e merece muito crédito. Este momento não é apenas para Salima, mas para todas as jovens da África que têm paixão pelo futebol e que se veem como árbitra no futuro”, concluiu Maillet.

Carreira

Salima começou como profissional no ano de 2012 e no ano passado foi a primeira ruandesa a apitar na história dos Jogos Olímpicos, em Tóquio.

Nos anos anteriores, ela participou no Campeonato Feminino Sub-20 da Confederação Africana de Futebol (CAF 2017), Campeonato Feminino Sub-17 da CAF (2018) e Mundial Feminino Sub-17 no Uruguai (2018).

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