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Cabo Verde investiga transferência de petróleo russo nas suas águas, que pode repetir-se


Navio russo Pegas, em Karystos, olha de Evia (Foto de Arquivo)
Navio russo Pegas, em Karystos, olha de Evia (Foto de Arquivo)

No sábado, 15, um navio chamado Volans  transferiu uma carga de cerca de 730 mil barris de petróleo para um superpetroleiro gigante chamado Scorpius, numa operação que durou 35 horas.

As autoridades de Cabo Verde estão a investigar uma troca de carga de petróleo bruto russo entre dois navios-tanque na Zona Económica Exclusiva do arquipélago, realizada no sábado, 15.

Sem confirmar a troca, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que autoridades estão a investigar o caso, mas a agência de notícias financeiras Bloomberg alerta que mais uma trasnfega pode ocorrer em breve.

Na segunda-feira, a Bloomberg informou que um navio chamado Volans transferiu no sábado uma carga de cerca de 730 mil barris de petróleo para um superpetroleiro gigante chamado Scorpius, numa operação que durou 35 horas.

A mesma fonte acrescentou, entretanto, que, a 8 e 9 de Abril, o superpetroleiro Scorpius tomou uma carga do navio-tanque Aframax Thea, ao largo de Marrocos, enquanto outra embarcação, a Nurkez, actualmente ao largo de Portugal, parece rumar para Cabo Verde, no que poderá ser a terceira carga a ser transferida para o Scorpius.

Nesta quinta-feira, 20, questionado por jornalistas em São Vicente, durante a abertura de um curso para polícias municipais, o primeiro-ministro cabo-verdiano disse que as autoridades estão a investigar o assunto.

“Nós estamos a investigar para saber o que é que de facto se passou. Temos uma Zona Económica Exclusiva do tamanho do Texas e maior do que França. Para cobrirmos e fiscalizarmos toda essa zona exige meios que o país não tem disponível, mas temos parcerias e informações para podermos accionar os mecanismos quando forem necessários. Mas ainda estamos a apurar informação para saber exactamente que barcos e em que condições fizeram essa trasfega de combustível”, afirmou Correia e Silva sem avançar mais detalhes.

Com um mapa divulgado também na sua página no Twitter a indicar o local da transferência a norte de Cabo Verde, a agência acrescenta que, ante as sanções contra a Rússia, as suas empresas e barcos procuram novos locais para realizar esse tipo de actividade que tem causado preocupação entre os reguladore

A invasão da Ucrânia pela Rússia causou graves complicações à cadeia de abastecimento de petróleo.

A agência escreve que uma enorme frota de petroleiros muitas vezes mais antigos com proprietários desconhecidos surgiu tem-se envolvido em transferências de carga de navio para navio no mar, uma prática chamada de “insegura” num relatório recente da Organização Marítima Internacional.

O Volans, um navio da classe Aframax, foi construído em 2009, e o Scorpius em 2003.

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