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Cabo Verde: FMI avalia positivamente recuperação da economia e liberta mais 15 milhões de dólares


IMF Global Economy
IMF Global Economy

O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a recuperação económica de Cabo Verde está bem consolidada, impulsionada pela recuperação mais rápida do que o esperado no sector de turismo.

"O crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) está estimado em 10,5% em 2022 e deve ser moderado para 4,4% em 2023", diz uma nota daquela instituição divulgada na noite da terça-feira, 17, na qual informa também que, devido ao bom desempenho de Cabo Verde, o país tem acesso a uma nova tranche do financiamento do FMI no valor de 15,19 milhões de dólares.

Com este novo valor, o FMI desembolsou já 30,18 milhões de dólares ao país.

Na nota, aquela instituição, ao fazer a avaliação do país, destaca que "a economia já regista cinco trimestres consecutivos de crescimento positivo, apoiada por uma recuperação no sector de turismo", o que "ajudou a melhorar a posição fiscal e colocou a relação dívida/PIB numa trajectória descendente, as reservas internacionais são adequadas e o sector financeiro permanece resiliente".

A inflação, no entanto, permanece relativamente alta, "de 8,5% até o final de Outubro de 2022", com o aumento dos preços globais de alimentos e energia a fazer uma pressão sobre o custo dos alimentos e combustível em Cabo Verde.

Ante este cenário, nota o FMI, "as autoridades intensificaram o apoio aos vulneráveis através de subsídios bem direccionados a itens básicos de alimentação e eletricidade, que devem continuar até o primeiro semestre de 2023" e, por isso, "prevê-se que a inflação caia em 2023, mas permaneça acima da média dos últimos cinco anos".

O comunicado realça ainda que política monetária e financeira do país "continua focada na protecção da paridade e na salvaguarda da estabilidade do sector financeiro".

A 16 de Junho de 2022, o FMI e Cabo Verde assinaram um acordo para uma Linha de Crédito Alargada de 60 milhões de dólares que visa ajudar o arquipélago a mitigar o impacto persistente da pandemia da Covid-19 e os efeitos colaterais da guerra na Ucrânia, assim como a reduzir o défice fiscal e a preservar a sustentabilidade da dívida, segundo o FMI.

Na avaliação que agora terminou, a instituição com sede em Washington escreve que "o desempenho do programa foi forte" e todos os critérios de desempenho e metas indicativas foram cumpridos.

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