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Cabo Verde: Famílias vulneráveis recebem ajuda alimentar


Baia do Mindelo, São Vicente, Cabo Verde
Baia do Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

Cabo Verde, com cerca de 500 mil habitantes, enfrenta uma crise alimentar. As autoridades dizem que iniciaram a canalização de apoio para aliviar as 43 mil famílias afectadas, 10 por cento da população.

De momento, a ajuda, que veio das Nações Unidas, está a ser enviada aos municípios da Ribeira Grande e Santa Cruz, na ilha de Santiago; e Porto Novo, na ilha de Santo Antão.

Cabo Verde: Famílias vulneráveis recebem ajuda alimentar
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"Todos os municípios de Cabo Verde são vulneráveis, mas temos alguns com a situação mais crítica, daí o apoio das Nações Unidas ser canalizado para reforçar o programa já adoptado pelo Governo, nos três conselhos acima referidos", disse a secretária executiva da Segurança Alimentar, Rosa Semedo.

Na sua resposta, disse Semedo, o Governo tem um plano que consiste na assinatura de contratos-programa com as câmaras municipais para a criação de postos de trabalho e com algumas organizações da sociedade civil e religiosas para prestar assistência alimentar às pessoas vulneráveis.

A presente crise é exacerbada pela seca, Covid-19 e guerra na Ucrânia.

Demanda

No terreno, algumas organizações esforça-se para apoiar os mais pobres. A Casa da Sopa, na ilha de São Vicente, beneficia cerca de 80 famílias com duas refeições diárias, e 20, com cestas básicas.

"As pessoas que vão à Casa da Sopa, nós sabemos quem são e onde estão, mas há muitos que nem chegam ao nosso espaço, e estão mesmo a precisar; então a situação está mesmo preocupante," disse a responsável da Associação, Luísa Helena.

Na Praia, há mais de 30 anos a Associação Black Panthers oferece ajuda no domínio de habitação, educação, formação profissional, saúde e alimentação.

Neste momento, disse o seu presidente, Alcides Amarante, a organização concede apoio directo a 350 famílias, mas recebe pedidos de outras pessoas necessitadas do bairro, que também são contempladas com ajuda alimentar.

"Atendemos também famílias de outras comunidades, que nos procuram, e, na medida do possível, apoiamos com alguns géneros alimentícios, mas a situação não é nada fácil", disse Amarante

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