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Burkina Faso: Autoridades dizem que estão a investigar assassinatos no Norte


Mural, Ouagadougou, Burkina Faso
Mural, Ouagadougou, Burkina Faso

Burkina Faso está a investigar assassinatos em duas aldeias do norte, em fevereiro, disse um porta-voz do governo, no sábado, rejeitando um relatório da Human Rights Watch (HRW) sobre a suposta execução de 223 pessoas pelo exército nacional naquele local.

Citando entrevistas telefónicas com testemunhas, sociedade civil e outros, o relatório da HRW divulgado,quinta-feira, acusou os militares de executarem residentes de Nodin e Soro, incluindo pelo menos 56 crianças, como parte de uma campanha contra civis acusados de colaborar com militantes jihadistas.

O porta-voz do governo, Rimtalba Jean Emmanuel Ouedraogo, rejeitou as alegações da HRW como "peremptórias" e negou que a junta governante não estivesse disposta a investigar as alegadas atrocidades.

"As mortes em Nodin e Soro levaram à abertura de uma investigação judicial", disse Ouedraogo num comunicado, no final da noite, citando uma declaração de 1 de Março de um procurador regional.

A violência na região, alimentada pela luta de uma década com grupos islâmicos ligados à Al Qaeda e ao Estado Islâmico, piorou desde que os respectivos exércitos tomaram o poder no Burkina Faso e nos vizinhos Mali e Níger, numa série de golpes de estado de 2020 a 2023.

Burkina Faso assistiu a uma grave escalada de ataques mortais, em 2023, com mais de oito mil pessoas alegadamente mortas, de acordo com o grupo de monitorização de crises ACLED, com sede nos EUA.

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