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Bubo Na Tchuto considerou-se culpado


Jose Americo Bubo Na Tchuto
Jose Americo Bubo Na Tchuto

Bubo Na Tchuto foi capturado num iate de luxo ao largo da costa da Guiné-Bissau, em águas internacionais, numa operação secreta da DEA

O ex chefe da marinha da Guiné-Bissau, José Américo Bubo na Tchuto, capturado numa operação contra o narcotráfico na costa ocidental africana, considerou-se culpado, disseram fontes do tribunal de Nova Iorque, esta Terça-feira, 3 de Junho, escreveu a Reuters.
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Segundo aquela agência, Na Tchuto, de 64 anos, acusado de estar envolvido numa rede de importação de droga para os Estados Unidos, deveria ter-se apresentado, esta segunda-feira, ao tribunal americano do distrito de Manhattan, mas segundo as autoridades, para quem ele é o chefe do narcotráfico da costa ocidental africana, o guineense considerou-se culpado a 13 de Maio, através de uma confissão por escrito que foi imediatamente selada.

Desta forma, não é possível saber sob que acusações Na Tchuto se considera culpado, nem que acordos terá feito com a justiça. O registo oficial do tribunal não indica que tenha sido ouvida uma confissão.

Por norma, as confissões são seladas quando os acusados concordam em cooperar com as autoridades.

Segundo a Reuters, Sabrina Shroff, advogada de Na Tchuto, e os representantes do Estado americano, o advogado Preet Bharara e o Departamento de Combate às Drogas (DEA - sigla americana) não aceitaram comentar o caso.

A confissão secreta acontece mais de um ano depois da sua detenção, em Abril de 2013. Bubo Na Tchuto foi capturado num iate de luxo ao largo da costa da Guiné-Bissau, em águas internacionais, numa operação secreta da DEA que durou meses.

Antes de se ter dado como culpado, Na Tchuto encarava prisão perpétua caso fosse condenado, sob a acusação de distribuição de 5kg ou mais de cocaína, com a intenção de os fazer chegar aos Estados Unidos.

A Guiné-Bissau é vista pelos Estados Unidos como o maior ponto de passagem de drogas da América Latina para a Europa. As autoridades americanas e europeias há andavam no encalço deste triângulo de droga no país há algum tempo.

Segundo os procuradores americanos, Na Tchuto e os seus dois cúmplices encontraram-se a título confidencial com os informantes da DEA que fingiam ser por representantes dos traficantes de droga latino-americanos.

Nos encontros, as conversas sobre entregas de cocaína para a Guiné-Bissau foram gravadas.

A operação da DEA também tinha como alvo o Chefe do Exército António Indjai, que liderou um golpe de Estado em 2012. Mas Indjai negou qualquer envolvimento com drogas e evitou a detenção recusando sair do país. Em Abril último, dois dos ex-assessores de Na Tchuto, Tchamy Yala e Papis Djeme, também se consideraram culpados das acusações de conspiração de importação de drogas.

Na sua confissão, Djeme disse que de Outubro de 2012 e Abril de 2013 ele aceitou ajudar na Tchuto num acordo de importação de droga para a Guiné-Bissau, uma parte que iria depois ser enviada para os Estados Unidos, segundo a transcrição.
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