Pela primeira vez o Brasil votou contra uma resolução da Assembleia Geral sobre a necessidade de acabar com o embargo económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba.
Estados Unidos e Israel foram os outros dois países que votaram contra, enquanto 187 votaram a favor e Ucrânia e Colômbia se abstiveram.
Nas redes sociais, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse que "o Brasil votou a favor da verdade" e que "nada nos solidariza com Cuba".
"O regime cubano, desde sua famigerada revolução 60 anos atrás, destruiu a liberdade de seu próprio povo, executou milhares de pessoas, criou um sistema econômico de miséria e, não satisfeito, tentou exportar essa 'revolução' para toda a Am Latina", escreveu Araújo que também afirmou que Cuba "é hoje o principal esteio do regime Maduro na Venezuela, o pior sistema ditatorial da história do continente".
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, afirmou que o embargo viola propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
No texto, os países-membros dizem estar preocupados com a promulgação e aplicação de leis e regulamentos com efeitos na soberania de outros Estados e nos interesses das pessoas que vivem nesses locais.
Também pedem que os Estados actuem em conformidade com a lei internacional e a Carta das Nações Unidas, destacando a liberdade de comunicação e navegação.
A resolução também pede que o secretário-geral prepare um relatório sobre a implementação do texto, que deve ser apresentado durante a próxima sessão da Assembleia Geral.
O embargo dos Estados Unidos a Cuba dura há 57 anos.