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Brasil promete investir na promoção da igualdade racial


Patrick Vaz

Brasil promete colocar em prática, ainda este semestre, um plano de acções para promover a igualdade racial. As iniciativas, com previsão de desenvolvimento nos próximos dez anos, serão discutidas, em Novembro, na capital brasileira, com movimentos sociais locais e países latino-americanos.

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As discussões vão fazer parte dos eventos que marcam o Mês da Consciência Negra no País.

Além desse plano próprio, o Brasil vai ter que cumprir metas globais que já são discutidas no âmbito das Nações Unidas e que devem ser definidas nos próximos meses.

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na Presidência da República, Nilma Lino Gomes, lembra que a composição racial da sociedade brasileira torna a participação do país imprescindível no esforço das Nações Unidas.

“Estamos iniciando a Década Internacional dos Afrodescendentes que foi proclamada pelas Nações Unidas. Participam dessa década os 196 países negros da ONU e o Brasil é um deles. No Brasil temos uma população negra significativa, em torno de 53% da população e isso faz com que nos interessemos e integremos ainda mais a Década," disse a ministra.

Ela também explicou que a intenção é estreitar as relações com os países da América Latina, Caribe e África em prol da luta pelos afrodescendentes no mundo.

“A Década prevê que planos de atividades vão ser desenvolvidos pelos países negros da ONU. Nesse momento, estamos nos apropriando de todas as ações previstas no plano que faz parte dessa Década. A partir de Novembro, faremos um seminário regional para discutir com os outros países da América Latina essas ações ligadas pela política de promoção da igualdade racial para o cumprimento desse plano de atividades”.

O Governo Federal reconhece que o Brasil ainda tem muito a fazer para combater a desigualdade racial, mas defende que já existem acções eficazes para minimizar essa questão.

“Já temos superado a desigualdade racial em alguns setores. Um deles, por exemplo, diz respeito ao acesso da população negra à educação. Também um fato importante para combater a desigualdade racial é a própria Lei 12.990 que institui 20% de cotas nas universidades públicas federais. São dois exemplos para dizer que apesar da desigualdade racial existir ainda no Brasil, temos o Governo Federal engajado na construção de políticas de Estado para reverter essa situação,” concluiu a Ministra Nilma Lino Gomes.

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