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Brasil: “Incubadoras de terrorismo”, diz futuro ministro sobre acampamentos de bolsonaristas


Apoiantes do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro
Apoiantes do Presidente brasileiro Jair Bolsonaro

Policía detém apoiante do Presidente brasileiro com explosivo que pretendia usar para “causar o caos” e impedir a posse do Presidente eleito, Lula da Silva

Manifestantes brasileiros que recusam a aceitar a derrota do ainda Presidente Jair Bolsonaro e que estão acampados em frente às instalações do exército tornaram-se"incubadoras do terrorismo", na avaliação do futuro ministro da Justiça feita neste domingo, 25.

Flávio Dino fez esta afirmação um dia depois de a polícia ter detonado um dispositivo explosivo e detido um suspeito, que confessou ter feito um explosivo que pretendia detonar para criar o caos e evitar a posse de Lula da Silva no dia 1 de Janeiro.

“0 ministro acrescentou que os graves acontecimentos de ontem em Brasília provam que os chamados acampamentos 'patrióticos' se tornaram incubadoras de terroristas", escreveu Flavio Dino, garantindo que “não haverá amnistia para terroristas, seus aooiantes e financiadores”.

Robson Cândido, chefe da Polícia Civil em Brasília, disse que um paraense de 54 anos foi preso e confessou ter colocado o dispositivo um camião de combustível perto do aeroporto de Brasília para semear o caos.

”Ele veio participar dos protestos, fora do quartel do Exército, e faz parte desse movimento que apoia o actual Presidente”, revelou a repórteres.

"Eles estão nessa missão, que segundo eles é ideológica, mas que fugiu do controlo”, afirmou.

A polícia também encontrou espingardas de assalto e outros explosivos num apartamento alugado pelo homem em Brasília. Cândido disse que o suspeito era um proprietário de armas registado, conhecido como CAC, um grupo que aumentou seis vezes para quase 700.000 pessoas desde que Bolsonaro foi eleito em 2018 e começou a afrouxar as leis sobre armas.

O chega da Polícia Civil de Brasilia Revelou ainda que o homem e os que o ajudaram tentaram acionar o artefacto explosivo, mas não detonou.

Apoiantes do Presidente Jair Bolsonaro estão acampados do lado de fora das bases do Exército no Brasil há semanas e têm pedido aos militares que anulem a vitória do Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

A notícia da bomba acrescentou uma nova dimensão à violência pós-eleitoral no Brasil, onde as tensões permanecem altas após a eleição mais tensa do Brasil.

Bolsonaro, que ainda não admitiu a derrota, fez afirmações infundadas sobre a credibilidade do sistema de votação do Brasil e muitos de seus partidários radicais acreditam nele.

O acampamento de Brasília, fora do quartel-general do Exército, tornou-se num dos mais radicais do país.

A 12 de Dezembro, dia em que a vitória de Lula foi certificada, alguns dos campistas atacaram o quartel-general da Polícia Federal em Brasília.

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