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Brasil cai para sexto lugar no índice de combate à corrupção na América Latina


Sérgio Moro, antigo juíz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, 23 de Novembro de 2018
Sérgio Moro, antigo juíz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, 23 de Novembro de 2018

Em 2019, o país ocupava o segundo lugar de acordo com índice do Conselho das Américas e Sociedade das Américas

O Brasil caiu do quarto para o sexto lugar no Índice de Capacidade de Combate à Corrupção (CCC), que mede a capacidade dos países latino-americanos de detector.

O estudo é da Americas Society/Council of the Americas (Conselho das Américas e Sociedade das Américas), com sede nos Estados Unidos, que avalia e classifica os países com base na eficácia com que podem combater a corrupção.

Neste ano, o Peru ultrapassou o Brasil.

Cinco dos 15 países analisados registaram quedas significativas nas suas pontuações, nomeadamente o Brasil e o México, as suas maiores economias da região.

O Brasil foi o país com a maior queda na pontuação, de 5,52 para 5,07 (numa escala de 0 a 10).

Em 2019, o Brasil era o 2º do ranking.

Pelo 2º ano seguido, o Uruguai foi o país com a pontuação mais alta, enquanto a Venezuela tem a pior nota.

Entre os cinco primeiros estão Uruguai, Chile, Costa Rica, Peru e Argentina.

O estudo indica declínio na sua "capacidade legal", nomeadamente na independência da suas agências anticorrupção e do Ministério Público" e reflecte "a nomeação pelo Governo do Presidente Jair Bolsonaro de pessoas percebidas como menos independentes para o comando da Polícia Federal e do Ministério Público Federal".

Nota negativa também prende-se com "as investigações sobre corrupção transnacional que também perderam ímpeto, e a operação Lava Jato foi desmantelada em fevereiro de 2021".

"A única melhoria na capacidade legal do Brasil foi um ligeiro aumento da independência judicial, graças a iniciativas recentes para reforçar a separação entre poderes", diz o estudo.

Na categoria "democracia e instituições políticas", o relatório diz que "o capital político de Bolsonaro diminuiu durante a pandemia, levando seus aliados a recorrerem à política de troca de favores, negociação de cargos e uso de fundos públicos para conseguir apoio no Congresso".

O Índice CCC é dividido em três categorias: capacidade legal, democracia e instituições políticas e sociedade civil e mídia.

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