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Bolsonaro pede e MP da Bahia abre investigação à morte de antigo policial homenageado pelo filho


Presidente brasileiro à saída do Palácio da Alvorada
Presidente brasileiro à saída do Palácio da Alvorada

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro revelou ter pedido uma perícia independente à morte do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar Adriano da Nóbrega, suspeito de comandar um grupo criminoso que cometeu dezenas de homicídios.

Logo depois, o Ministério Público da Bahia (MP) solicitou à Justiça de Esplanada (BA), um pedido de antecipação de prova no caso Adriano Nóbrega, com a realização de um novo exame de necropsia no corpo do ex-capitão da polícia.

O objetivo, segundo o MP, é esclarecer dados até o momento obscuros, entre eles, a trajetória dos tiros.

Adriano Nóbrega, que depois integrou uma milícia, esteve foragido por mais de um ano e foi morto durante uma operação policial no dia 9 na zona rural da cidade de Esplanada, na Bahia.

Ele era procurado de várias crimes e até de ligação com a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista em 2018.

“O primeiro passo para você começar a desvendar as circunstâncias em que ele morreu e por que. Poderia interessar a alguém a queima de arquivo. O que ele teria para falar? Contra mim é que não era nada. Se fosse contra mim tenho certeza que os cuidados seriam outros para preservá-lo vivo", disse Bolsonaro à saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira, 18.

Adriano da Nóbrega foi homenageado várias vezes pelo deputado estadual e atual senador, Flávio Bolsonaro, filho do Presidente.

Adriano da Nóbrega também era investigado pela suspeita de envolvimento no esquema no qual funcionários do então deputado Flávio Bolsonaro devolviam parte do salário que recebiam na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O miliciano era amigo do também antigo polícia militar Fabrício Queiroz, que foi funcionário do gabinete de Flávio Bolsonaro e indiciou a mulher e a mãe de Adriano para trabalharem lá.

O advogado de Adriano da Nóbrega, Paulo Emílio Cata Pretta disse depois da morte dele que que o miliciano expressou no último contato entre os dois o medo de ser assassinado numa "queima de arquivo".

O defensor também questionou a informação divulgada Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) segundo a qual AdrianoNóbrega tinha envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, motorista Anderson Gomes, em Março de 2018.

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