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Bolsonaro chama de acção criminosa mais revelações de conversas entre Moro e procuradores


Presidente sai em defesa de Sérgio Moro
Presidente sai em defesa de Sérgio Moro

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que a actuação de Sérgio Moro como juiz da Lava Jato "não tem preço" e classificou de acção “criminosa” a invasão dos celulares do actual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores.

Este primeiro comentário de Bolsonaro acontece no dia em queo site The Intercept divulgou mais conversas entre Moro e procuradores que indiciam, segundo juristas, uma violação da ética e da constituição. Moro nega

Numa conversa em Abril de 2016, Dallagnol teria mencionado o juiz do supremo tribunal federal Luiz Fux, ao grupo de procuradores da Lava Jato, dizendo que declarou apoiou a Moro num braço-de-ferro com o então também juiz do Supremo Teori Zavascki, morto em janeiro de 2017.

Depois, o procurador, segundo o site, teria encaminhado a mesma mensagem para o então juiz Sérgio Moro, que teria respondido: "Excelente. In Fux we trust" (que quer dizer "No Fux, nós confiamos").

Ao falar em novo Governo, Deltan referia-se ao facto de que a então Presidente Dilma Rousseff poderia ser afastada do Palácio do Planalto por um processo de impugnação,que acabou por acontecer a 12 de Maio.

Um mês antes do suposto diálogo, a 22 de Março de 2016, Teori Zavascki determinou que Sérgio Moro enviasse ao Supremo Tribunal Federal as investigações da Operação Lava Jato que envolviam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O então juiz do STF tomou a decisão depois que Moro autorizou a divulgação de conversas telefónicas interceptadas, por ordem judicial, entre Lula e a então Presidente Dilma Rousseff.

Na ocasião, o Governo federal apontou ao tribunal a ilegalidade na divulgação das escutas feitas pela Polícia Federal, que envolvia a Presidente da República, que ainda tinha foro privilegiado no STF.

Esta é a segunda ronda de conversas divulgadaspelo site The Intercept que coloca em causa a ética do antigo juiz sérgio Moro que, segundo juristas, estava impedido de falar com os procuradores fora do juízo ou no processo, como impõe a constituição.

O actual ministro Sérgio Moro já disse que não vê nada de ilegal nas mensagens e hoje o presidente Jair Bolsonaro, que condecorou Moro há três dias, classificou de acção "criminosa" a invasão por hackers do telefone do ministro.

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