Jihadistas do Boko Haram mataram dois homens e prenderam outros dois quando atacaram, a cavalo, fazendeiros fora da cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, disse uma milícia anti-jihadista à AFP no sábado.
Os insurgentes invadiram os campos do vilarejo de Alau na sexta-feira, prendendo quatro agricultores, matando dois deles e sequestrando os outros após infligir cortes de facão aos fazendeiros, disseram as fontes.
"Nós recuperamos os corpos dos dois fazendeiros mortos, com ferimentos profundos de facão na cabeça e no torso", disse o miliciano Mohammed Bukar.
"Agricultores que escaparam do ataque disseram que outras duas pessoas foram feridas e sequestradas pelos agressores", acrescentou Bukar.
Os agricultores eram de um campo de deslocados na periferia da cidade que cultivam na aldeia, disse o líder da milícia Babakura Kolo, confirmando o número de mortos.
Cerca de dois milhões de pessoas foram deslocadas pelo conflito jihadista de uma década. Muitos agora vivem em campos onde contam com alimentos e assistência humanitária de agências humanitárias.
Alguns voltaram-se para o corte de árvores nas matas vizinhas para vender como lenha e ganhar dinheiro para comprar provisões extras, enquanto outros se dedicam à agricultura de subsistência em campos próximos.
O Boko Haram tem cada vez mais como alvo os madeireiros, pastores e pescadores na sua violenta campanha, acusando-os de espionar e passar informações aos militares e às milícias locais que os combatem.
A insurgência do Boko Haram, lançada no nordeste da Nigéria em 2009, matou mais de 36.000 pessoas e desalojou mais de dois milhões de suas casas.
Desde então, a violência espalhou-se para o Níger, Chade e Camarões.
Uma coligação militar regional envolvendo tropas dos quatro países, está a lutar para acabar com a violência.
AFP