Dois ataques suicidas no nordeste da Nigéria fizeram 38 mortos ontem, 17, a menos de seis semanas das eleições, enquanto o líder do grupo radical Boko Haram promete impedir a realização do escrutínio no país.
A rebelião islâmica já forçou ao adiamento das eleições, inicialmente agendadas para 14 de Fevereiro, e oficiais do Governo tinham esperança de que uma ofensiva militar regional poderia conter o derramamento de sangue antes do dia das eleições, a 28 de Março.
Mas a última onda de ataques, atribuída aos rebeldes revelou-se um desafio à Nigéria e aos países vizinhos, nomeadamente o Camarões, Chade e Níger, apesar de alegações de sucesso da operação conjunta lançada este mês. "Este escrutínio não será realizado, nem que estejamos mortos", disse o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, em vídeo, onde aparece pela primeira vez publicado pelo grupo no Twitter.
Em resposta, o presidente do Níger Mahamadou Issoufou disse que o seu país vai pôr fim à rebelião nigeriana, cuja actividade já matou mais de 13 mil pessoas em seis anos.