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Blinken reconhece "algum progresso", mas "muito mais precisa ser feito" para proteger os civis


Secretário de Estado americano, Antony Blinken, fala a jornalistas depois do diálogo India-EUA "2+2", em Nova Delhi, Índia, 10 novembro 2023
Secretário de Estado americano, Antony Blinken, fala a jornalistas depois do diálogo India-EUA "2+2", em Nova Delhi, Índia, 10 novembro 2023

Secretário de Estado deplorou a morte de "demasiados palestinianos" na ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza mas reitera apoio a Israel para acabar com o Hamas

O secretário de Estado dos EUA reconheceu que “algum progresso” foi feito na proteção dos civis palestinianos, mas que “muito mais precisa ser feito” para minimizar as vítimas e fornecer assistência humanitária à Gaza devastada pela guerra.

“Vimos progresso, só precisamos de ver mais”, disse Antony Blinken aos jornalistas em Nova Deli, nesta sexta-feira, 10, no final de uma viagem de nove dias a oito países nos quais ele se concentrou em grande parte na guerra entre Israel e o Hamas.

O Governo de Telavive concordou ontem em interromper a sua operação militar contra radicais do Hamas em certas áreas do norte de Gaza durante quatro horas por dia para permitir o fluxo de mais ajuda humanitária, bem como a saíde de palestinianos que queiram deixar as zonas onde decorrem a operação terrestre e os ataques aéreos israelitas.

"Demasiados palestinianos" mortos

“O que Israel anunciou ontem vai ajudar”, disse Blinken, acrescentando que os Estados Unidos também estão a discutir “medidas concretas” que permitiriam entregas mais regulares de ajuda humanitária, bem como combustível para instalações vitais, como hospitais e estações de tratamento de água.

Blinken deplorou a morte de "demasiados palestinianos" na ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza e avisou que é preciso fazer "muito mais" para proteger os civis.

Mais de 10 mil pessoas, cerca de 40 por cento das quais crianças, foram mortas durante o pesado bombardeamento de Gaza por Israel nos últimos 30 dias, em resposta ao ataque terrorista do Hamas de 7 de Outubro que deixou 1.400 pessoas mortas em Israel.

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Entretanto, na realidade, esse número pode ser ainda maior, de acordo com a secretária de Estado adjunta para Assuntos do Oriente Próximo, que prestou depoimento ao Congresso na quarta-feira.

Barbara Leaf disse à Comissão de Relações Exteriores da Câmara que é “muito possível” que os números de vítimas sejam mais elevados do que o que está a ser relatado.

“Só saberemos depois que as armas silenciarem”, concluiu.

Netanyahu reitera erradicar o Hamas

Os militares de Israel afirmam que as suas forças terrestres cercaram a cidade de Gaza, um reduto do Hamas, como parte de um esforço para dividir o enclave palestiniano.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu erradicar o Hamas, o grupo islâmico que governa Gaza e reiterou várias vezes que não haverá cessar-fogo até que o Hamas liberte os mais de 200 reféns que supostamente mantém.

Embora os apelos globais para um cessar-fogo tenham aumentado, as autoridades norte-americanas opõem-se a tal medida, dizendo que permitiria ao Hamas reagrupar-se e eventualmente realizar mais ataques terroristas.

A crise no Oriente Médio dominou a viagem de Blinken, que incluiu escalas em Israel, Cisjordânia, Jordânia, Iraque, Turquia, Japão e Coreia do Sul.

Foco na Ásia

No entanto, especialmente na segunda metade da sua viagem, o chefe da diplomacia americana tentou manter o foco na Ásia, que ele disse ser “a região fundamental para o nosso futuro”.

Hoje, Antony Blinken e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, reuniram-se com seus homólogos indianos, o ministro das Relações Exteriores, Subrahmanyam Jaishankar, e o ministro da Defesa, Rajnath Singh, em Nova Delhi, para conversações destinadas a reforçar os laços de defesa.

“A defesa continua a ser um dos pilares mais importantes da nossa relação bilateral”, disse Singh no início do chamado “Diálogo 2+2”.

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Ele acrescentou que “apesar dos vários desafios geopolíticos emergentes, precisamos de manter o nosso foco nas questões importantes e de longo prazo”

A Índia e os Estados Unidos, juntamente com o Japão e a Austrália, fazem parte do Quad, um grupo de segurança regional visto como uma tentativa multilateral de contrariar a crescente influência da China.

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