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Blaise Compaoré vai ser julgado pelo assassinato de Thomas Sankara


Ex-Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, exilado na Costa do Marfim. Foto de 2016.
Ex-Presidente do Burkina Faso, Blaise Compaoré, exilado na Costa do Marfim. Foto de 2016.

O ex-Presidente exilado do Burkina Faso, Blaise Compaoré (dir.), deve ser julgado pelo assassinato do homem que ele destituiu num golpe de 1987, Thomas Sankara, disseram os seus advogados à AFP nesta terça-feira.

O caso foi encaminhado para o tribunal militar de Ouagadougou após a confirmação das acusações contra Compaoré e os outros principais supostos autores, 34 anos após a morte da figura de culto, muitas vezes chamado de Che Guevara africano.

Thomas Sankara em Ouagadougou, Burkina Faso
Thomas Sankara em Ouagadougou, Burkina Faso

Thomas Sankara, defensor do Pan-Africanismo, havia tomado o poder do então Alto Volta, actual Burkina Faso, em 1983 por via de um golpe militar, com a ajuda de Blaise Compaoré, seu amigo e companheiro de luta.

No primeiro aniversário do golpe que o levou ao poder, Sankara mudou o nome do país de Alto Volta para Burkina Faso, que significa aproximadamente "terra de pessoas íntegras" em Mossi e Dyula, as duas línguas nacionais mais faladas do país.

Apesar dos grandes avanços que foram feitos, havia uma divergência crescente no país, em parte por causa dos problemas económicos e da oposição dos sectores tradicionais a algumas das políticas sociais mais progressistas de Sankara. A sua Administração perdeu gradualmente o apoio popular e o conflito interno dentro do seu governo também cresceu. Em 15 de Outubro de 1987, Sankara foi assassinado num golpe liderado por Blaise Compaoré e dois outros.

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