Horas depois da posse do novo Governo da Guiné-Bissau pelo Presidente José Mário Vaz, na noite de quinta-feira, 31, as forças da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Ecomib, são visíveis junto de várias instituições e nas ruas da capital, Bissau, nesta sexta-feira.
Também estão presentes muitos elementos das Forças Armadas do país.
As forças da Ecomib encontram-se junto da sede do Governo, nos Minstérios da Justiça, da Administração Interna e outros, a rádio e a televisão públicas.
Fontes em Bissau indicam à VOA que tudo aponta que o Governo cessante continua em funções, enquanto se aguarda o posicionamento do novo Executivo empossado ontem pelo Presidente.
Na ocasião, José Mário Vaz, disse que o país vive um dos momentos mais decisivos da sua história recente, quando alguns actores internos e externos pretendem impor uma espécie de “tutela internacional”, hipotecando a soberania do país.
"Esta incidência visa salvar a Guiné-Bissau das garras de interesses obscuros que querem aprisionar e sem benefícios para o nosso povo e transformar o nosso país num paraíso para o tráfico de droga e outras práticas ilegais", afirmou Vaz, reiterando ser “imperioso que o novo Governo mostre ao mundo que nós guineenses não somos uma sociedade pária".
O Presidente da República demitiu na segunda-feira, 28, o Governo do PAICG, liderado por Aristides Gomes, que, no entanto, recusa abandonar o cargo por considerar que José Mário Vaz não tem poderes para o demitir em virtude de o seu mandato ter expirado.
A CEDEAO, a CPLP e a União Africana criticaram a decisão de Vaz e reiteraram o seu apoio ao Governo de Aristides Gomes.