O Presidente dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira, 11, que Washington vai procurar revogar o estatuto de Nação Mais Favorecida (MFN, nas siglas em inglês) da Rússia, o que permitirá à Casa Branca impor tarifas duras e altas aos produtos russos.
Caso a proposta de Joe Biden for aprovada pelo Congresso, na prática deixarão de existir relações comerciais normais entre os dois países.
“À medida que Putin continua o seu ataque impiedoso, os Estados Unidos e nossos aliados e parceiros continuam a trabalhar em sintonia para aumentar as pressões económicas sobre Putin e isolar ainda mais a Rússia no cenário global”, afirmou Biden em declarações na Casa Branca, e reiterou que as sanções tentam “espremer Putin e responsabilizá-lo ainda mais pela sua agressão contra a Ucrânia”.
O estatuto de MFN é atribuído aos 164 membros da Organização Mundial do Comércio para garantir a igualdade de condições a todos os Estados, cujos governos comprometem-se a tratar uns aos outros em pé de igualdade, de modo que todos possam beneficiar-se de tarifas mais baixas, menos barreiras comerciais e cotas de importação mais altas.
Caso o estatuto venha a ser retirado è Rússia, além dos Estados Unidos, os aliados ocidentais podem aumentar as tarifas de importação, impor cotas sobre produtos russos, ou até mesmo probir a sua importação.
A aprovação depende do Parlamento de cada país.
Apoio do Congresso
Nos Estados Unidos, legisladores democratas e republicanos apresentaram uma proposta de lei que, se aprovada, proibe as importações de energia russa para os Estados Unidos e suspende as relações comerciais normais com Moscovo e sua aliada, a Bielorrússia.
O projecto não foi votado ainda porque a Casa Branca pediu mais tempo para conseguir mais apoios.
A Rússia ainda não reagiu a este anúncio.