O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o Papa Francisco mantiveram um encontro privado de 75 minutos nesta sexta-feira, 29, no Vaticano, no qual, além de rezarem juntos, analisaram temas da actualidade mundial como as mudanças climáticas e a recuperação da Covid-19.
Biden disse que não abordaram o tema que actualmente divide a Igreja Católica, o aborto, facto que levou alguns bispos católicos a defender que o Presidente não deve ter acesso ao sacramento católico da comunhão por causa da sua posição contra os Estados que negam o aborto às mulheres.
Questionado sobre o assunto, Biden disse: "Acabamos de falar sobre o facto de que ele estava feliz por eu ser um bom católico".
No entanto, o Presidente, católico praticante que assiste regularmente à missa, disse não ter recebido a comunhão do Papa, o que, geralmente, não faz parte das audiências com o Chefe de Igreja Católica.
Em comunicado, a Casa Branca revelou que o Presidente Joe Biden agradeceu ao Papa “a sua defesa dos pobres do mundo e daqueles que sofrem com fome, conflito e perseguição" e "elogiou a liderança do Papa na luta contra a crise climática".
Biden agradeceu ao Vaticano "por falar em nome dos detidos injustamente, incluindo na Venezuela e em Cuba", ainda segundo a nota, que indica que o Presidente americano destacou o empenho de Francisco na defesa do acesso de todos à vacina contra a Covi-19.
Ao chegar ao Vaticano, o Presidente americano e a primeira-dama Jill Biden foram recebidos pelo chefe da Casa Pontifícia, monsenhor Leonardo Sapienza, e por volta do meio-dia, mantiveram uma audiência privada com o Papa antes de participar numa reunião entre membros das duas delegações.
Do lado dos Estados Unidos estiveram presentes o secretário de Estado Antony Blinken, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, e o vice-chefe de gabinete da Casa Branca Jen O'Malley Dillon .