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Biden duplica meta da vacinação, diz que Pyongyang e Pequim terão respostas à altura e critica republicanos


Presidente Joe Biden em conferência de imprensa na Casa Branca, 25 Março 2021
Presidente Joe Biden em conferência de imprensa na Casa Branca, 25 Março 2021

Presidente diz "esperar" candidatar-se a um segundo mandato

O Presidente americano Joe Biden, prometeu aplicar 200 milhões de doses nos primeiros 100 dias do seu mandato, duplicando a meta inicial anunciada no dia da posse, a 20 de Janeiro.

"Teremos aplicado 200 milhões de vacinas até ao meu centésimo dia de mandato", disse hoje Biden, que, ainda antes de tomar posse, tinha prometido atingir 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 nos seus primeiros 100 dias de mandato.

Na sua primeira conferência de imprensa desde que tomou posse, Biden revelou ter desafiado a sua equipa a perseguir esse objectivo para que os americanos comecem a regressar à vida normal.

Joe Biden na sua primeira conferência de imprensa na Casa Branca
Joe Biden na sua primeira conferência de imprensa na Casa Branca

Apesar da declaração inicial do Presidente ter sido centrada nas vacinas, os jornalistas questionaram sobre vários outros temas como a crise na fronteira sul, com o aumento exponencial de crianças que chegaram sozinhas ao país.

Joe Biden reforçou que o novo fluxo migratório que tem pressionado as autoridades americanas na fronteira do México precisa ser contido, mas assegurou que a maioria dos imigrantes clandestinos acabam mandados de volta aos países de origem.

Questionado se permitirá aos jornalistas visitar os centros onde se encontram esses menores, o Presidente garantiu que dará "transparência total" aos profissionais sobre as condições nos abrigos e centros de detenção, depois de "resolver o problema actual".

Biden prometeu também mais cinco mil camas para crianças estrangeiras que entram desacompanhadas nos Estados Unidos e criticou o o seu antecessor pela má condução da crise humanitária na fronteira.

"O que eu nunca faria era deixar crianças desacompanhadas morrerem de fome. Nenhum outro Governo fez isso, excepto Trump", garantiu Biden.

Resposta a Pyongyang e Pequim

Em resposta aos dois recentes testes com mísseis da Coreia do Norte e a sua política em relação à China, o Presidente americano garantiu que haverá resposta se aqueles países escolherem escalar as tensões.

“Vamos responder apropriadamente, mas também estou preparado para alguma forma de diplomacia", alertou Biden, quem reforçou não querer confronto com a China, mas assegurou que o país asiático não se tornará o mais poderoso do mundo no que depender dele.

"Os EUA vão continuar a crescer e a expandir", afirmou o Presidente americano.

Reeleição e Senado

Apesar de ter ainda quatro anos de mandato, questionado pelos jornalistas, Joe Biden afirmou “esperar concorrer em 2024”, mesmo que tenha neste momento 78 anos idade.

Quanto a se pode vir a enfrentar Donald Trump outra vez, o Presidente foi evasivo: “Não tenho ideia se isso vai acontecer, isso é uma decisão do Partido Republicano".

Na conversa com os jornalistas, Joe Biden prometeu lutar para evitar que os republicanos reduzam o direito de voto em alguns Estados, como na Geórgia, e classificou essa estratégia do partido conservador de “anti-americana”.

"O que me preocupa é o quão antiamericana é toda esta iniciativa. É doentia", reforçou o Presidente que também criticou a figura de filibuster, um instrumento legal que permite obstruir a aprovação de qualquer lei sem 60 votos no Senado.

Ele disse que os senadores têm usado essa figura "de uma forma gigantesca" para evitar a aprovação de leis e que ele pretende trabalhar para limitar esse uso que pode impedir as reformas propostas por ele, nomeadamente no campo da imigração, direitos de voto e possivelmente o seu plano de infraestrutura.

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