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Biden diz pensar que Vladimir Putin é "um assassino" e adverte para consequências


Presidente americano Joe Biden fala à nação, 15 Março 2021
Presidente americano Joe Biden fala à nação, 15 Março 2021

Kremlin responde e convoca seu embaixador em Washington para reuniões em Moscovo

O Presidente americano Joe Biden afirmou pensar que o seu homólogo russo, Vladimir Putin, é um “assassino" e disse que "pagará as consequências", se ficar provado que interferiu nas eleições americanas.

Em entrevista à cadeia de televisão ABC, feita ontem, mas transmitida nesta quarta-feira, 17, o jornalista George Stephanopoulos perguntou: "Você conhece Vladimir Putin, você pensa que ele é um assassino?".

"Eu penso", respondeu Biden, que falou sobre a primeira conversa mantida com Putin por telefone depois da posse dele.

"No início da conversa eu disse-lhe: Eu conheço-o e o senhor conhece-me. Mas, se eu chegar à conclusão de que fez isso, prepare-se", relatou Biden, em referência a informações prévias que indicavam que a Rússia tentou interferir na eleição de 3 de Novembro, a favor de Donald Trump.

"Tivemos uma longa conversa, ele e eu. Conheço-o bem", disse Biden, durante a entrevista televisiva na qual se mostrou empenhado em demonstrar mais firmeza perante o Kremlin do que o seu antecessor, Donald Trump.

Ontem, um relatório do Governo americano revelou que Putin deu instruções para prejudicar Joe Biden na sua candidatura à Casa Branca e tentou interferir no processo eleitoral, mas nenhuma infraestrutura terá sido atingida.

Moscovo convoca embaixador

Entretanto, o Governo russo já reagiu às afirmações do Presidente americano.

O Ministério de Relações Exteriores convocou o seu embaixador nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, segundo uma porta-voz do Kremlin.

A agência russa Tass noticiou que o embaixador Antonov conversará com outros representantes do Governo da Rússia sobre os próximos passos da relação do Kremlin com a Casa Branca.

A nota do Governo citada pela agência não menciona directamente a entrevista de Biden.

O distanciamento entre Washington e Moscou ficou evidente com a revelação do relatório que aponta a tentativa dos governos de Rússia e do Irão em interferir nas eleições presidenciais americanas.

O Kremlin também já rejeitou as acusações dos serviços de informações norte-americanos, sobre a interferência nas eleições presidenciais, considerando-as um pretexto para incentivar novas sanções económicas contra a Rússia.

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