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Bento Bembe nega ter deixado a liderança do Forum Cabindês para o Diálogo


António Bento Bembe
António Bento Bembe

Problema de Cabinda é que “há um povo e muitos chefes porque todos querem ser presidente”, diz um dirigente exilado

Depois de Mauricio Nzulu se ter apresentado como o novo presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo, eis que António Bento Bembe vem agora a púbilico negar ter abandonado a liderança da organização.

Organizações de Cabinda degladiam-se entre si – 2:41
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"Ninguém me tirou da presidência, eu continuo a ser o único presidente do FCD, reconhecido pelo governo”,disse Bento Bembe.

“É uma vergonha um senhor como o General Nzulu que é reformado ocupou cargos no Estado Maior das FAA estar a falar à toa, a fabricar factos, eles estão a perder tempo inútil a dizer essas coisas a apontar as armas contra mim, eu estou a avançar", acrescentou.

Nzulu tinha acusado Ben Bembe de ser traidor mas a notícia do afastamento de Bento Bembe foi recebida com ceticismo por outras organizações de Cabinda que disseram que o FDC deveria dissolver-se por não representar o povo do enclave.

No Canadá a viver no exílio está Fidel Casemiro, do Movimento para Paz e Desenvolvimento de Cabinda (MPDC) que apesar de criticar fortemente Bento Bembe afirma que o Forum ainda é a melhor proposta para se chegar a um entendimento.

Casemiro, que até 2018 era diplomata na ONU, diz que abandonou a diplomacia por culpa de Bento Bembe.

"Fui forçado a deixar a diplomacia, fui perseguido pelo próprio Bento Bembe que usou o ministério das Relações Exteriores para me perseguir e prejudicar a vida de todos diplomatas que ainda estão lá no ministério", disse.

Bento Bembe riu-se quando confrontado com a acusação afirmando que “eles deviam agradecer pelos cargos que nós lhes colocamos, nunca tiveram este cargo na vida deles e ainda dizem que eu lhes persigo”

“Eu não vou perder tempo a perseguir ignorantes", acrescentou.

Apesar desta disputa com Bento Bembe,Fidel Casemiro disse que os dirigentes do forum “devem organizar um congresso com inclusão de todos para que se possa eleger um novo presidente legítimo e congregador”.

Casemiro disse que o problema de Cabinda é que “cada um quer ser chefe, cada um é presidente e cada um tenta fazer as coisas da sua própria maneira”

“Só temos um povo e muitos líderes mas nenhum deles tem a legitimidade do povo”, acrescentou.

Para Casemiro o “o que podemos fazer com o FCD é criarmos uma presidência com seis ou sete vice-residente para podermos congregar esses que se dizem líderes do movimentos dentro e fora do enclave, representantes dos refugiados e quadros de Cabinda na diáspora para podermos congregar todos eles na mesma estrutura dentro do FCD e trabalhar para o processo de concretização da paz em Cabinda”.

“Será contraproducente o governo tratar com outras pessoas individualmente porque já existe um memorando dentro do FCD que nunca foi implementado", acrescentou

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