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Benguela: Caminho-de-Ferro e trabalhadores à mesa de negociações com intimidações pelo meio


Caderno reivindicativo dá primazia aos salários e à alimentação
Caderno reivindicativo dá primazia aos salários e à alimentação

Após ameaça de greve na última semana, administradores e sindicalistas do Caminho-de-Ferro de Benguela juntam-se à mesa de negociações a partir desta quinta-feira, 25, num clima de denúncias de intimidação dos trabalhadores.

Na crítica à postura de gestores da empresa, a Comissão Sindical adverte que nem mesmo as ameaças afastam o espectro de paralisação, motivado por reticências quanto à satisfação de pedidos como aumento salarial em 100 por cento, do subsídio de alimentação e melhores condições de trabalho.

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Ao reiterar a exigência de um salário base acima de 60 mil kwanzas (cerca de 200 dólares), numa entrevista à VOA, o primeiro secretário da Comissão Sindical do CFB, Bernardo Henriques, avançou que uma batalha com suporte legal supera qualquer tipo de intimidação.

“A questão principal é o salário, mas temos outras situações laborais, tal como o problema dos dez trabalhadores despedidos injustamente. São os problemas que levaremos à mesa, mesmo sabendo das intimidações. Alguns gestores dizem aos trabalhadores que eles vão ter consequências se aderirem a greve’’, conta o sindicalista

Bernardo Henriques, igualmente secretário-geral do Sindicato Provincial dos Transportes, reitera que os mais de 1.300 trabalhadores distribuídos por Benguela, Huambo, Bié e Moxico querem ver o subsídio de alimentação aumentar de 4 mil para 15 mil kwanzas.

O prazo legal para uma resposta ao caderno reivindicativo é de trinta dias a partir do início das negociações.

Não foi possível obter a reacção do Conselho de Administração do Caminho-de-Ferro, que manifesta, em documentos a que a VOA teve acesso, vontade de olhar para as categorias do pessoal, com variação entre 10 e 100 por cento, regularizar o fornecimento da cesta básica, entre outras medidas para conter a onda de insatisfação.

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