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Autoridades da Namíbia apreendem dezenas de crianças angolanas


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O Ministério dos Assuntos Internacionais, Imigração e Segurança da Namíbia disse que um número indeterminado de crianças angolanas foram recolhidas pelas autoridades em várias cidades e transportadas para o Centro Nacional de Serviços da Juventude em Ondangwa.

Autoridades da Namíbia apreendem dezenas de crianças angolanas – 2:20
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Cerca de 200 crianças foram recolhidas das ruas, segundo a mesma fonte, que adiantou que “muitas têm nacionalidade angolana", mas não deu números específicos, afirmando que muitas das crianças se recusam a dar pormenores sobre a sua origem e família.

A ação surge na sequência de notícias na imprensa namibiana que indicavam que o problema das crianças de rua cresceu significativamente no país, devido ao abandono de crianças angolanas, que chegaram nos últimos anos em vagas de imigração de famílias angolanas, que passaram a fronteira para fugir às intensas secas nas províncias do Cunene, Huíla e Kuando Kubango.

O diretor executivo do Ministério, Etienne Maritz, disse que o Governo decidiu “tomar medidas, ajudar e apoiar esses menores vulneráveis”.

“Mais de 200 crianças foram realocadas para o Centro Nacional de Serviços da Juventude em Ondangwa onde vão receber habitação temporária e cuidados do Governo”, acrescentou Maritz, quem disse ainda que se estão a "desenrolar esforços para transportar mais crianças de várias cidades através dos pais" para esse mesmo centro.

“Embora se possa especular que a maioria seja proveniente de Angola, a maioria prefere manter-se no silêncio”, acrescentou Maritz numa declaração na qual afirmou ainda que o seu Ministério está “a trabalhar estreitamente com as autoridades angolanas para garantir uma solução permanente".

Maritz apelou ainda às pessoas que denunciem “qualquer suspeita de tráfico humano ou exploração de crianças”.

Não é conhecido o número de crianças angolanas abandonadas no país, apesar de haver relatos nas redes sociais que apontam para centenas só na região de Windhoek, a capital da Namíbia.

No passado, organizações angolanas de apoio comunitário advertiram para os riscos que as crianças enfrentam em caso de repatriamento para Angola, nas atuais condições do país, e confirmaram que muitas crianças e familiares se recusam a regressar ao país de origem.

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