Em Angola, as autoridades registaram, pelo menos, 11 casos de violência doméstica de janeiro a outubro, revelou nesta quarta-feira, 24, a secretária de Estado para a Família.
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher e Rapariga, Elsa Bárber admitiu que o fenómeno "é uma pandemia em todas as sociedades" e constitui um "grave obstáculo para o desenvolvimento inclusivo, equitativo e sustentável”, que tem atingido gravemente jovens, crianças e adolescentes.
Ao abrir oficialmente a campanha dos 16 dias de activismo pelo fim da violência contra a mulher em Angola, tal como acontece em muitos países, a ministra revelou que os centros de aconselhamento familiar do Ministério da Ação Social, Família e Promoção da Mulher registaram, no ano passado, um total de 3.769 casos de violência doméstica, mais 466 casos face aos primeiros 10 meses de 2020.
"O eExecutivo angolano nota que os casos de violência contra a mulher tendem a atingir proporções alarmantes, causando desestabilização no seio de muitas famílias, impedindo a realização de sonhos e a concretização de aspirações", reconheceu Elsa Bárber, que enumerou medidas tomadas pelo Governo para combater o fenómero como as linhas telefónica para denúncias anónimas e gratuitas.