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Aumento do preço da energia em Angola vai disparar custos de outros bens, advertem analistas


Medida imposta pelo FMI entrou em vigor hoje
Medida imposta pelo FMI entrou em vigor hoje

O novo regime tarifário de energia eléctrica entrou em vigor nesta segunda-feira, 15, em Angola e marca o fim do chamado "subsídio a preço" destinado aos custos operacionais da Empresa Nacional de Electricidade.

Electricidade aumenta em Angola - 2:24
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A decisão foi justiçada pelo Ministério das Finanças com “a necessidade de actualização dos tarifários dos serviços de electricidade, que decorre de uma medida estrutural de gestão macroeconómica".

O Governo diz que medida vai garantir que os subsídios beneficiem efectivamente os segmentos mais vulneráveis da população, contrariamente ao que vinha sucedendo até aqui.

Esta justificação, entretanto, é contrariada por especialistas que admitem que a população de baixa renda será a mais prejudicada pela medida.

O economista João Maria Funzi Chimpolo afirm que, tratando-se de uma exigência do Fundo Monetário Internacional, o Governo praticamente não tem como a contrariar, mas chama a atenção "para os efeitos sobre as populações pobres".

Por seu turno, o também economista Estêvão Gomes considera que toda a análise que se possa fazer sobre a matéria tem de ter como base o salário mínimo aplicado em Angola.

Aquele especialista acrescenta que a medida vai reduzir o poder aquisitivo da população devido a uma "esperada subida em cadeia dos preços de outros bens".

O Governo, entretanto, sustenta ainda que as novas tarifas introduzem mecanismos de protecção dos consumidores com menores rendimentos, para além de outras medidas de protecção social, que está a adoptar.

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